Mosaico
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O que você prefere, empurrar um burro ou amarrar um louco? São dois caminhos distintos. E a gente sempre tem escolha. Mesmo de mãos dadas com Agripa, o filósofo cético que não colocava a mão no fogo pela mente humana, ainda restarão opções. Nesse momento distribuo, ciente de inexistir uma palavra para fusão e confluência de compartilhamento. É a tal evolução do entendimento. Acho que dá pra jogar Netrunner com o louco, será mais divertido. Burros não arriscam, são como os acadêmicos, todo mundo ganha um tiquinho debaixo do guarda chuva. No meio da tarde pode-se descobrir o Tradutor Instantâneo MUAMA Enence. Que invenção espetacular. Bom, a gente tem de se adaptar a velocidades diferentes, a diferentes campos de informação, isso num único dia. Pois é, muito a desaprender e muito a ouvir. Em dado momento o sábio há de ofuscar o forte. Por acaso descobri Alfredo Vieira, pintor hiper-realista, sua obra é tão fantástica quanto o tradutor instantâneo. Não sei se Agripa era fã de epigramas, mas sei que sentimos saudade não por estarmos longe, mas porque um dia estivemos juntos e felizes. E mesmo no aconchego de sentimentos nobres e revestidos do conhecimento sobre a rede de comunicação das células e DNA chamada anayatron, ainda resta areia movediça, vide A Teoria do Executivo Unitário, (guarde esse palavrão antes da Huawei lançar âncora em nosso solo), trata-se de um conceito vislumbrado por Dick Cheney (vice do Bush filho), durante bate papo com o jovem advogado de sobrenome Scalia, em meados dos anos 70. Alguns juristas acreditam que se o governante fizer qualquer coisa, isso deve ser legítimo, pois afinal é o governante. Ninguém está a salvo do Estado. Ora, isso não me impede de pensar em profissões mais bem apresentadas, mais dignas, sobretudo, do que a desses usurpadores de vidas anônimas com o dinheiro público: cafetão, ministrador de vermífugo, fiscal de banheiro, cobaia de laxante, inseminador de cavalos, coveiro, flanelinha. C'est la vie, difícil esquecer aqueles que não tem mestre enquanto seu mestre dorme. No mais, nunca houve um conhecimento requerido para crescer dentro do útero e nascer. Meio que acontece, não é? E no decorrer da vida podemos prever o delta seguindo o curso do abstrato, tateando, subindo, descendo, aprendendo que o burro não terá sucesso em mudar da resistência para a idéia da seletividade, ao passo que o louco decerto irá exagerar no relacionamento sinérgico. Quando a escolha parece impraticável, decidir não decidir ainda é uma decisão.
(Foto: miniatura by Slinkachu)
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O que você prefere, empurrar um burro ou amarrar um louco? São dois caminhos distintos. E a gente sempre tem escolha. Mesmo de mãos dadas com Agripa, o filósofo cético que não colocava a mão no fogo pela mente humana, ainda restarão opções. Nesse momento distribuo, ciente de inexistir uma palavra para fusão e confluência de compartilhamento. É a tal evolução do entendimento. Acho que dá pra jogar Netrunner com o louco, será mais divertido. Burros não arriscam, são como os acadêmicos, todo mundo ganha um tiquinho debaixo do guarda chuva. No meio da tarde pode-se descobrir o Tradutor Instantâneo MUAMA Enence. Que invenção espetacular. Bom, a gente tem de se adaptar a velocidades diferentes, a diferentes campos de informação, isso num único dia. Pois é, muito a desaprender e muito a ouvir. Em dado momento o sábio há de ofuscar o forte. Por acaso descobri Alfredo Vieira, pintor hiper-realista, sua obra é tão fantástica quanto o tradutor instantâneo. Não sei se Agripa era fã de epigramas, mas sei que sentimos saudade não por estarmos longe, mas porque um dia estivemos juntos e felizes. E mesmo no aconchego de sentimentos nobres e revestidos do conhecimento sobre a rede de comunicação das células e DNA chamada anayatron, ainda resta areia movediça, vide A Teoria do Executivo Unitário, (guarde esse palavrão antes da Huawei lançar âncora em nosso solo), trata-se de um conceito vislumbrado por Dick Cheney (vice do Bush filho), durante bate papo com o jovem advogado de sobrenome Scalia, em meados dos anos 70. Alguns juristas acreditam que se o governante fizer qualquer coisa, isso deve ser legítimo, pois afinal é o governante. Ninguém está a salvo do Estado. Ora, isso não me impede de pensar em profissões mais bem apresentadas, mais dignas, sobretudo, do que a desses usurpadores de vidas anônimas com o dinheiro público: cafetão, ministrador de vermífugo, fiscal de banheiro, cobaia de laxante, inseminador de cavalos, coveiro, flanelinha. C'est la vie, difícil esquecer aqueles que não tem mestre enquanto seu mestre dorme. No mais, nunca houve um conhecimento requerido para crescer dentro do útero e nascer. Meio que acontece, não é? E no decorrer da vida podemos prever o delta seguindo o curso do abstrato, tateando, subindo, descendo, aprendendo que o burro não terá sucesso em mudar da resistência para a idéia da seletividade, ao passo que o louco decerto irá exagerar no relacionamento sinérgico. Quando a escolha parece impraticável, decidir não decidir ainda é uma decisão.
(Foto: miniatura by Slinkachu)