A "maçã" proibida ou amor platônico
Por Que te olho diferente?
Por Que te desejo?
Porque me olhas, não como as outras?
O brilhar de tuas pupilas parecem o Sol nascente
Que desce encandecente
Só para me encandear.
Teus passos macios e leves
Me faz dentro peneirar.
O liso véu que te cobre
As curvas todas do corpo
Faz mesmo me embriagar.
Tua voz suave e serena
Tua meiguice envenena
Esta alma a penar.
Como posso sentir isso
Parece mais um feitiço
Que em mim vieram botar.
Como uma pessoa sem querer
Consegue estremecer
Outro ser só no olhar?
São estas indagações
Sobre minhas emoções
Que viessem me dizer.
Qual mesmo a explicação?
Eu não sei. Juro que não.
Apenas sinto e, embora queira
Não acho explicação.
Ainda pergunto eu: como pode uma pessoa sentir tal por quem não deve?
Como posso dominar meu coração?
Enquanto isso finjo sentir o cheio santo de uma deusa humana.
Sinto o doce do beijo e desejo o favo de mel que há debaixo da tua língua.
Os seios são inflamáveis e também embriagante.
Estou bêbado. Vivo fora de mim.
Salomão já dizia não entender o caminho de um homem com uma donzela. Nem eu.