ACHAR. O QUE É ISSO?
É da natureza humana achar isso ou aquilo de algo ou de alguma coisa que acontece na sociedade. Isso interfere ou não de acordo com seu alcance pessoal e institucional. A repercussão ou influência no curso do tempo do que achou alguém é o que conta e dá corpo ao que foi “achado”. Por isso temos o “achismo”, o lado menor, com tanta propriedade e indiscutivelmente conceituado pelo maior semiólogo contemporâneo, Umberto Eco. Essa notável personalidade deixou essa certeza: “qualquer imbecil matuto hoje fala o que quiser na internet”.
É lúdico e aceitável “achar” e nenhuma importância isso tem, é normal, comum, simplório, quando nada de importante traz para construção positiva, “achar” com relação ao convívio social e sua fenomenologia, alguma coisa. Faz parte do contexto em que vivemos. Mas achar é ideia construtiva de condutas, direções e rumos da humanidade. Quantos acharam tanto que hoje conduz a muitos e suas linhas de viver socialmente.
"Achar" de forma mais intimista fere grandes suscetibilidades e traz surpresas, pois é preciso saber o que se procura para não ter surpresa com o que se vai achar.
Grandes cérebros acharam o que é melhor hoje para a humanidade, como primeiramente a abolição do escravismo. Muitos ainda persistem na escravidão da vontade, mesmo depois das grandes viradas do mundo como a revolução francesa e a queda da cortina de ferro e do muro de Berlim. Reticentes, guetos energúmenos impõem traves na liberdade humana, sob ferros, algemas, cadeias e mordaças, como se o homem pudesse brincar e vilipendiar a liberdade de seu próximo. Isolados, insulados em ilhas materiais físicas e de pensamento, esses reduzidos neurônios como de selvagens desconhecidos vivem isolados, sem discriminar selvagens, que têm a mais ampla liberdade, mas não se sociabilizaram linearmente.
E assim vai achando o homem, desde o mais rude, que nada de importante e edificante tem a passar e doutrinar, como os matutos que hoje lançam na antena seus rudimentos, mal sabendo escrever, ou como os grandes como a semiologia de Eco, que situa essa grande salada que a WEB trouxe, pulverizando o que serve e o que desserve. Difícil, mas é preciso cuidado no que se vê e lê de “achar” sobre algo. O pejorativo “achismo” é bem significativo.
Achar, contudo, é a continuidade e caminho para a humanidade construir e continuar criticando sua evolução para evoluir como na Lei de Spencer.