A DIREITA CELEBRA O DIA-D
RASGANDO A HISTÓRIA



Hoje, 06/junho/2019, faz 75 anos do Dia Decisivo, extertor do final da Segunda Guerra Mundial, ou o colapso do III Reich. 
Os fanáticos nazistas propagavam que esse malévolo regime duraria mil anos. Queriam o mundo menos populoso e de raça pura, por isso perseguiam e exterminavam:   
- judeus;
- ciganos;
- comunistas;
- sindicalistas;
- anarquistas;
- padres;
- gays;
- testemunhas de Jeová;
- poloneses e outros povos eslavos;
- portadores de deficiências físicas e mentais;
- combatentes da resistência;
- seus próprios soldados (quando mutilados)...  

Nesses mil anos, com certeza, o fanatismo nazistas teria alcançado todos os continentes, inclusive e indubitavelmente a África.  

O DIA-D, O Dia Decisivo:

A União Soviética (URSS), desde 1942, apelava para que os seus aliados - Estados Unidos, Canadá e Inglaterra - abrissem um fronte do lado ocidental, a partir do Leste Francês, a fim de combaterem em comum o exército nazista alemão, que avançara para o lado da Europa Oriental em 1941 e começava a ser rechaçado.
Em Stalingrado, onde mais se concentrou o exército nazista alemão, travou-se a Batalha de Stalingrado, de 17/07/1942 a 02/02/1943, considerada a mais sangrenta de toda a história. 
O exército nazista alemão recuava (por astúcia do Exército Vermelho, muitos soldados inimigos foram atraídos para o Norte, onde morreram congelados na Sibéria: -40ºC a -50ºC). Isso contribuiu mais ainda para o enfraquecimento dos invasores.
Está registrado na história universal que o fim dessa batalha foi o ponto de virada da II Guerra Mundial na Frente Oriental. 
Fazia-se necessário o recuo do exército nazista através de um corredor que o devolvesse ao território alemão, o que não significava, mas prenunciava, o fim do combate.   
Somente em 06/06/1944 - que ficou conhecido como o "Dia-D" - os países aliados à União Soviética se encontravam devidamente organizados e aparelhados para o ataque no sentido Oeste-Leste, seguindo o plano estratégico estabelecido pelo Exército Vermelho. 
155 mil soldados (Inglaterra, Estados Unidos e Canadá) se lançaram ao mar, a partir das praias de Normandia (França), em direção às fronteiras da Alemanha, numa frota de 14.200 barcos, sob o amparo de 600 navios e milhares de aviões de caça.

Em suma:

Os envolvidos no final da II Guerra Mundial eram todos países aliados:  EUA, URSS, iNGLATERRA, CANADÁ...

A Paz (?) mundial:

Dias atrás, 15/05/2019, a Rússia comemorou em grande estilo os 75 anos da vitória do Exército  Vermelho sobre o exército nazista invasor.  Sozinha.

Hoje, 06/06/2019, dois daqueles países aliados, EUA e Inglaterra, comemoram o Dia-D, sozinhos.

A Segunda Guerra Mundial acabou em 1945 (não há dia e mês certos, porque o Japão, aliado à Alemanha, demorou a se entregar).

Pela paz, se pensassem em paz, se quisessem de fato a paz, deveriam os países aliados continuar aliados desde que validaram oficialmente a paz.

Nada.  A guerra continuou com outro nome, com muitas inverdades, fanatismo, arsenal bélico, imperialismo, ódio e preconceito, o que sói acontecer entre grupos inimigos. 
Denominou-se de Guerra Fria. 
Seus efeitos:
- Macarthismo norte-americano (operação caça às bruxas), estendido a todo o continente Sul, fomentador das diversas ditaduras militares implantadas na América Latina do final da década de cinquenta ao início da década de oitenta;  
- Prepotência imperialista ainda em voga:
"Se pensas diferente de mim, com certeza estás errado, estás contra mim";
"Os EUA se consideram O PARAÍSO DO MUNDO; está estabelecido que qualquer outro paraíso que venha a surgir no nosso planeta será considerado mera imitação";
"O crescimento econômico das grandes potências depende unicamente da sofisticação e produção de armas bélicas e do fomento de novos estopins de guerra no mundo: Afganistão, Coreias, Vietnã, Iraque"...


O fim:

"Se não apertarmos as nossas mãos, as guerras jamais cessarão". 
O distanciamento dos ex-aliados, por questões econômicas ou divergência de ideias, assim como as inverdades que ainda se criam entre os dois polos aparentemente mais fortes, evidenciam que a Guerra Fria, sucessora da Segunda Guerra Mundial, ainda não teve o seu dia certo para acabar.   
Dizer que a Guerra Fria acabou, faz parte dos setenta e cinco anos de enganação que ora se comemora.  
Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 07/06/2019
Reeditado em 07/06/2019
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