SEMANA INTERNACIONAL DAS PROSTITUTAS
Vida da chamada mulher da vida fácil não é mole não. E já foi pior. Igreja, evangélicos, a falsa moral e os bons costumes, a polícia, as milícias, os rufiões, as doenças venéreas e a violência não davam trégua a essas infelizes. Eram a escória social, a maleita que devia ser expurgada do mundo.
Cansadas dessa vida amargurada, no dia 02 de junho de 1975 mais de cem prostitutas francesas ocuparam a Igreja Saint-Nizier em Lyon a fim de chamar a atenção para a situação de violência e das condições precárias em que viviam. Passaram oito dias ocupando a igreja em greve de sexo, tal qual a greve do Balaio que as prostitutas do Pelourinho fizeram e que causou grande rebu nas castas famílias soteropolitanas, preocupadas com o navio de marinheiros que iria aportar e consequentemente centenas de homens sedentos de sexo invadiriam as ruas da Cidade da Bahia.
Ser prostituta é ser invisível, mas as francesas conseguiram um olhar, mesmo de indiferença, para elas e assim o dia 2 de junho se transformou numa data comemorativa, se é que existe algum motivo para se comemorar.
Tou comemorando hoje, pois a comemoração é por oito dias.