Papo Brexit
Não sei viver sem conversar com as pessoas do povo. Na verdade, sou mais de ouvir. Acho, sinceramente, que aprendemos mais com o povo do que com os metidos a intelectuais. A vida está nas ruas e na língua do povo. Manuel Bandeira tinha razão, a língua certa é a do povão.
Aqui perto do prédio que moro tem um fiteiro tipo loja de conveniência, vende de tudo, tem até uma espécie de banco de praça feito de um resto de obra. Compro lá guaraná, mariola, pilhas pro rádio, bolo de goma, cocada de coco (é ótima)...
Mas me amarro esmo é no papo dos membros desse senadinho. Hoje o vendedor de pirulitos, o filósofo do pedaço, apareceu dando uma de comentarista político: - Só de emendas tem 277, como é que vão aprovar essa reforma absurda que só pune os pobres este ano? É mais fácil Neymar limpar a barra do que essa reforma ser aprovada e... Foi interrompido pela babá que ouviu parte do comentário dele, ela engraçadíssima e despachada, disse: - Ei, bestalhão, deixe desse papo tipo Brexit. Neymar é nosso rei, tão querendo acabar com a carreira dele. Mas ele é poderoso. Ele só anda de pelicopero (sic), tá?
Tomou um a coca-cola, paguei e saiu. O filósofo ficou espumando, ele não gosta de Neymar . Mas o que gostei foi da expressão papao Brexit. É arretada. Inté.