ENVIADO A UM IRMÃO AMIGO. FÉ. ESPÍRITO.
SEU EMAIL.
“Não sei se erro, mas faço, apenas, distinções entre o espiritismo e espiritualidade.”
Não erra quem tem essência na fé fortalecida como a sua que me serviu de referência. “Espírita é quem acredita no espírito”; disse eu, gênero das espécies de credo. Engloba a faculdade de ordenarmos nossas vidas sem grilhões, por escolha do preceptor espiritual, a alma, o mesmo espírito que vai ao altíssimo após a passagem corpórea.
Esta é a razão do conforto quando se desprende o espirito (alma) do corpo material em sua jornada terrena e alça voos que só a ele é dado fazer.
O espírito é a alma que se desprende do corpo e transcende após a morte. Alma habita o corpo, o nosso pensamento. Espírito por qualquer procedimento religioso ascende após a morte, seja acreditado nos cristianismos todos onde estão os credos originados do Cristo, espiritismo, catolicismo e tantos outros. Procuramos todos “buscar no Alto, senão no Altíssimo, por si mesmos, spontae sua, como impulso de nossas convições e certezas individuais.” , diz você de sua clareza percorrida no alento religioso por toda a vida.
E acresce , “Li isso, algumas vezes, em JACQUES DE MARITAIN, o filósofo e tomista, habitando Deus, indistintamente, em todos nós, acreditando nisso ou não.”
Essa a base, o tomo deflagrador de iniciáticos ou não na procura de Deus. Se falta Deus falta tudo. As igrejas precisam da fé, a fé não necessita templos e ritos. Daí termos espiritismo, catolicismo e todos os acreditados em Jesus e seus ensinamentos na enciclopédia das certezas da graça e do perdão de nossas faltas.
Ou seja, “De La Grace et de L´Humanite de Jesus”, diz você, pour tous Les Hommes, adito eu.
“A porta é larga. Não somos, nem estamos assim, sem graça, mas com Graças”, como refere sua sensibilidade, mas continua sendo minha crença miúda, anã de inteligência explicativa, realizada puramente na fé, como disse, fincado no “sei que nada sei socrático” nessa ambiência, forrada e sustentada no bardo shakespeariano que tenho somado como lema, na certeza de que “não ouso crer nem descrer de nada”.
Fomento minha força na fé pedindo todo dia seu fortalecimento à Virgem, que como dizia meu pai, seu devoto, nos protege “desavergonhadamente", valha o advérbio de modo usado por meu pai.
Jacques Maritain de humanismo integral, considerando fé pessoal, cristianismo e o mundo moderno em seu conjunto, inspirado no tomismo, em telepatia com você, lançou sobre sua época e males lentes lúcidas, divisando contornos de uma nova cristandade. E diz : “cabe aos cristãos reconduzir as coisas à verdade, reintegrando na plenitude de sua fonte original essas esperanças de justiça e essas nostalgias de comunhão que servem de pasto à dor do mundo e cujo ímpeto é desorientado, e suscitando assim uma força cultural e temporal de inspiração cristã capaz de agir sobre a história e ajudar os homens”. E disso precisamos, a unidade, Cristo é um só.
O abraço cristão do amigo que te admira. Celso