Antonio Maria e Cony
Acho que quem gosta de ler um bom livro e é fã da MPB não pode deixar de ler o livro de Ruy Castro, "A Noite de meu Bem", Se antes ele já havia nos tinha brindado com "Chega de Saudade", trocando em miúdos a Bossa Nova, neste disseca a história do samba-canção. mas também pinta um retrato do Rio dos anos 40 até o golpe de 64, contando n
ao só a história dos que faziam a música, mas da sociedade e dos acontecimentos políticos. É, creiam, uma obra-prima.
Um dos personagens que ele mais comenta, além de Dolores Duran, é o cronista e compositor Antonio Maria. Conta inclusive a sua morte prematura (também a de Dolores), inclusive narra algo humorístico sobre o velório de Maria. Vou transcrever o trecho:
"Mas quando se tratava de Antonio Maria, mesmo num momento dramático, sempre havia espaço para o humor. Uma história que circulou pelo velório de Maria numa capela do cemitério São João Batista contou que, de voltava ao Rio, vindo de São Paulo, Maria encontrou por acaso Caros Heitor Cony. Este era então o jornalista mais discutido do país, por desafiar abertamente s militares recém-instalados no poder em sua coluna no 'Correio da Manhã'. Ao vê-lo, aria foi logo dizendo:
"Cony, estive passando uns dias em São Paulo. Uma paulista me viu, pensou que fosse você e me levou para a casa dela. Fomos para a cama".
"É mesmo? Como foi?", perguntou Cony.
"Você brochou".
Leiam o livro e arretado. Juro.