O amanhã? ...Não se sabe!
É, meus amigos, a vida parece achincalhar comigo! Quando criança tinha planos e muitos sonhos. Nunca imaginei que meu hoje seria tão aquém do almejava. O destino fez tudo a seu modo, sem a mínima preocupação com os possíveis “efeitos colaterais”. Fico indeciso agora. Idealizar um amanhã talvez seja buscar novas desilusões. Mesmo assim, a madrugada me dá coragem, corro o risco, sonho:
Amanhã terei, melhor; teremos a Paz absoluta implantada em todos os nossos mais profundos sentimentos. Correrá em minhas veias uma gota, ao menos, de coragem dos grandes heróis, e fugirei a esta inércia. Rasgarei esta venda pessimista em meus olhos e assim, verei o mundo mais belo, mais limpo, como ele é. Arrancarei da boca as palavras rudes, purificarei meu verbo ao tratar deste maravilhoso planeta. Apanharei mãos, abraçarei, unirei vozes, cantaremos todos em uma só voz, finalmente somos todos iguais, TODOS, menos o Bush o Renan e o Prof° Joaquim, coitados! Estes foram enforcados em praça pública, antes que o sentimento bom reinasse em nossos corações, Que pena!
Enfim estaremos libertos de falsos conceitos e dos enferrujados preconceitos. O capitalismo já não faz mais sentido.
O despertador toca; 6:00h da manhã, está quente, faz-se 43°C na “Capital da Amizade”. A meteorologia informa; as “irmãs” umidade e Humildade, por aqui, estão extintas. O dia e o hoje seguem monótonos...
Uma criança é estuprada pelo pai. Um jovem, embriagado, mata uma família inteira em acidente de trânsito. Assaltaram-me quando saia da faculdade. A manchete de Jornal revela, finalmente, Quem matou a Taís, e os últimos gols da rodada.
A angústia aperta meus braços cruzados, inertes mais uma vez. O presente se arrasta, a esperança e o sonho, descem pela descarga junto à barra de cereal que almocei hoje.