Conversa de bêbado
Conversa de bêbado (Da série: Experiências por onde andei)
Eu como muitos, não damos importância a conversa de alguém que esteja embriagado. Mas, depois desse dia mudei um pouco de opinião.
Estávamos numa cidade do interior de Goiás, nossa cliente na maioria das vezes nos atendia num bar que ficava na frente de sua casa. Quando o esposo estava, ela nos convidava para entrar, mas quando ele saia ela preferia atender no bar, pois assim poderia ao mesmo tempo atender alguém.
Uns estavam jogando sinuca, meu esposo resolvendo com a cliente e eu sentei em umas das cadeiras e fiquei aguardando. Uma mulher para na porta do bar com um carrinho de mão, logo percebi que era uma gari. Ela entrou no bar pedindo uma dose, pelo aspecto já tinha passado em algum outro bar e tomado algumas.
A dona do bar serviu a dose, ela se sentou em uma das mesas e enquanto bebia começou a falar. Ninguém prestava a atenção no que ela falava, nem eu. Quando eu atinei para o que ela falava, gelei. Olhei pra ela, ela olhava pra mim. Pensei... Meu Deus essa criatura está falando de mim!
Ninguém no bar prestava atenção nas palavras dela. Ninguém liga mesmo pra conversa de bêbado.
Na época eu estava passando por uns problemas e aquela mulher despejou tudo ali dentro daquele bar. Só eu sabia que ela falava de mim. Ela olhava fixo na minha direção. Eu só ouvia.
E quando ela deu o último gole, olhou pra mim e disse:
_ Não é verdade?
E eu simplesmente balancei minha cabeça afirmando que sim.
E ela foi embora, deixando todos ali pensando que era uma conversa sem pé nem cabeça. Menos eu.
Quem é aquela mulher?
Não sei
Quem estava com aquela mulher?
Também não sei
Só sei uma coisa. Existem coisas acontecendo entre o céu e a terra, que ainda desconhecemos.
Conversa de bêbado (Da série: Experiências por onde andei)
Eu como muitos, não damos importância a conversa de alguém que esteja embriagado. Mas, depois desse dia mudei um pouco de opinião.
Estávamos numa cidade do interior de Goiás, nossa cliente na maioria das vezes nos atendia num bar que ficava na frente de sua casa. Quando o esposo estava, ela nos convidava para entrar, mas quando ele saia ela preferia atender no bar, pois assim poderia ao mesmo tempo atender alguém.
Uns estavam jogando sinuca, meu esposo resolvendo com a cliente e eu sentei em umas das cadeiras e fiquei aguardando. Uma mulher para na porta do bar com um carrinho de mão, logo percebi que era uma gari. Ela entrou no bar pedindo uma dose, pelo aspecto já tinha passado em algum outro bar e tomado algumas.
A dona do bar serviu a dose, ela se sentou em uma das mesas e enquanto bebia começou a falar. Ninguém prestava a atenção no que ela falava, nem eu. Quando eu atinei para o que ela falava, gelei. Olhei pra ela, ela olhava pra mim. Pensei... Meu Deus essa criatura está falando de mim!
Ninguém no bar prestava atenção nas palavras dela. Ninguém liga mesmo pra conversa de bêbado.
Na época eu estava passando por uns problemas e aquela mulher despejou tudo ali dentro daquele bar. Só eu sabia que ela falava de mim. Ela olhava fixo na minha direção. Eu só ouvia.
E quando ela deu o último gole, olhou pra mim e disse:
_ Não é verdade?
E eu simplesmente balancei minha cabeça afirmando que sim.
E ela foi embora, deixando todos ali pensando que era uma conversa sem pé nem cabeça. Menos eu.
Quem é aquela mulher?
Não sei
Quem estava com aquela mulher?
Também não sei
Só sei uma coisa. Existem coisas acontecendo entre o céu e a terra, que ainda desconhecemos.