SÓ NOS SALVAMOS SALVANDO O OUTRO.

Viver essa realidade é a verdadeira vida. Ninguém caminha com paz e serenidade interior se recusa ajuda ao próximo. Salvar o outro. Não só propagar o princípio se faz necessário, é preciso vivê-lo. E vivê-lo sem demanda de quem ajuda, porém com gesto espontâneo. Uma simplicidade para entender; só o amor constrói. Não são as aberturas ou contenções chegadas do mundo exterior, regras obrigatórias ou não, sistemas políticos todos, baqueados nas vidas dos povos, que modificam o exterior das vontades manifestadas, mas o rio químico de nossos corações. Nascem na fonte do olhar e percorrem nossa vontade no oceano cerebral que distingue para quem pode distinguir.

A conduta da vida não se forja em princípios ou dogmas fictos, sonantes em verbos bem significados e sem significativos de conteúdo, dissonantes por insciência, proclamados com a profusão dos cânticos tolos. Nada repara a ausência da ajuda ao outro.

E essa salvação não está no escaninho da alma no voo das transcendências ou em suas projeções para o desconhecido, mas entre nós na vida material de imensa grandeza enquanto fazemos a viagem do pó ao pó da eternidade.