Política e Astronomia de boteco
As principais potências do mundo, EUA e China, travam uma guerra econômica sem precedentes. Tal embate se deve, obviamente, à ascensão da China no mercado mundial, deixando de ser apenas uma fábrica de sapatos e afins, para ser uma competidora tecnológica e em praticamente todos os segmentos produtivos. Os americanos não veem mais a China como o recanto da exploração, mas como um rival à altura.
Daí eu fico pensando que logo-logo veremos essa disputa fora do planeta. A começar pela Lua, nosso satélite natural que fica a menos de 400 mil km da Terra. Missões para lá já estão saindo das planilhas de custo e sendo trabalhadas pelos engenheiros, astrônomos e demais cientistas de ambos os países.
A NASA anunciou recentemente o projeto Artemis, uma missão tripulada para a Lua em 2024. A China, por sua vez, quer até 2030 estar não só pisando na Lua, mas começando a construir bases para que o ser humano possa ficar lá de forma segura.
Outros países também têm missões, como Japão, Rússia, Índia e Israel. Mas, seguindo o protagonismo econômico aqui do nosso planeta, EUA e China estão mais avançados nesse tipo de projeto.
Como serão as disputas por espaço e demais possíveis conflitos por “terra” na Lua? Sem contar as empresas privadas mundo afora, com projetos para começar a explorar o turismo espacial. A brincadeira está só começando.
E a exploração da Lua é, dizem, apenas um trampolim para Marte, nosso planeta vizinho. A uma distância média de 225 milhões de km de nós (dependendo do momento orbital), missões tripuladas para o planeta vermelho devem começar já na década de 2030.
Há, claro, especulações e incertezas sobre quando realmente o ser humano estará pronto para tal viagem, que duraria uns seis meses. Há ainda outros desafios, que vão desde a logística e tecnologia necessária até o aspecto físico e emocional dos viajantes.
Contudo, eu acho (só acho) que lá por 2035 já estaremos vendo EUA e China disputando qual será o primeiro astronauta a pisar em Marte.
E não, eu não vou acabar esse textinho falando algo do tipo “e nós aqui no Brasil só assistindo as principais potências mundiais avançando. EUA e China, países em que presam por um Estado forte, que não deixam tudo na mão da iniciativa privada. Estão dominando o mundo e, ao mesmo tempo, vislumbram o poder fora dele...”.
Não. Eu só pensei.