Gato por lebre
God is not great ( Deus não é o todo poderoso), é o nome do livro mais lido atualmente nos Estados Unidos e na Inglaterra. O livro é polêmico como o próprio autor do mesmo.
O britânico Hitchens em seu livro, faz um ataque geral à religião, afirmando categoricamente que ela é uma má influência.
Hitchens é mais um dos muitos ateístas, que lutam para derrubar a religião, convertendo-se automaticamente numa nova religião.
E uma religião dogmática e intolerante. Eu particularmente não compreendo isso. Ficam cultuando deuses e mais deuses. Irônico demais.
Acredito piamente que toda religião deve na verdade é, prestar culto a uma conduta de vida digna, com preceitos virtuosos.
Porque não compreendem, que Deus é um só e se faz em todos?
Que Deus é um com cada ser vivo?
Porque essa perda de tempo, em ataques contra à religião?
O homem é um pequeno fragmento em evolução, que necessita da fé num Deus que cura, que salva, que oriente. O ateísta nada mais é que um homem mais despojado de regras, ele cria suas regras baseadas em suas constantes perguntas sem respostas, em sua desenfreada busca pelo entendimento da vida e os seus mistérios.
Ele não crê, porque crê em demasia em si próprio. O ateísta se auto-flagela, se auto-invade, em busca da concretização do seu objeto de desejo, que é ter a plena compreensão,que é ter a ausencia da dúvida, sobre si mesmo e o mundo em sua totalidade.
Diz-se agnóstico, ímpio, incrédulo, mas em seu íntimo paira a dúvida sobre seus sentidos, seus instintos, seus sentimentos, que por vezes o coloca sob pressão. Vê-se vez ou outra, assolado por sensações complexas e inexplicáveis. Isso o faz achar que Deus não existe, e que a religião é uma influência negativa, porque tira o homem do centro de tudo.
O ateísta em si, coloca o homem como valor supremo. Esta é a minha opinião. Eu vejo o ateísta muito oculto, muito discreto, e acho que lá no fundo ele é quase como os humanistas, com um agravante apenas, não reconhecer Deus como homem, e não crer que no homem habita um Deus forte e supremo, onipotente e onipresente.
Aceito que existam pessoas descrentes, pessoas sem fé, e que não sintam,não vejam e não crêem em Deus, mas não aceito a opinião desse ateísta, tampouco a forma como ele escreve em seu livro a respeito da religião.
Um livro desses, para ter records de venda, é um forte indício da frágil fé de muitos seres humanos. E como se deixam induzir por palavras redigidas em um livro muito bem articulado. Como mudam seus valores rapidamente. Valores adquiridos muitas das vezes a longos anos, que num piscar de olhos some absolutamente.
Que tenham seus valores e suas idéias diferenciadas. Que tenham óticas difusas, mas que não invadam os valores alheios. Que não ataquem a crença dos demais.
Cada qual que viva a sua espiritualidade, o seu mundo interior, do modo que melhor lhe prouver, mas que não sejam, de todo fracos. Que se questionem...que se abtenham de julgamentos infundáveis...
Toda nova ótica é bem vinda, para a abertura de diálogo, de crescimento, de evolução, mas nunca de uma jogada de marketing.
Que vendam gato por lebre, mas sem criticar quem vende tainha por peixe.