SUBINDO OS DEGRAUS DO TEMPO
SUBINDO OS DEGRAUS DO TEMPO
Outrora, tão inocente!
Subindo os degraus do tempo
Em meio aos ensinamentos
Dos meus pais fui aprendendo
A essência do viver.
Chegou a maturidade:
Despedindo-se a inocência,
Era, apenas, o início
De uma sequência de perdas
Que o tempo iria fazer.
E nas mãos da experiência
Dos que ali me cercavam
Minha avó,também, estava
Subindo os degraus do tempo
Porém, mostrando os sinais
Que logo iria descer.
E, a proporção, que eu subia!...
A minha vó retornava
E a sequência de perdas
Começara acontecer:
Na proporção que eu seguia!...
Subindo os degraus do tempo!...
As mãos da experiência
Que, antes me seguravam
Pouco a pouco nesta estrada
Eu via se desprender.
E o tempo!... Ali, implacável!...
Sem dá tréguas, me mostrava
O subir e o descer.
Até que ele foi levando
Tão longe os "pes que desciam"!...
Que hoje já olho a estrada
Com os sinais que a minha vó
Kkkkkkkkkk
Mostrara antes de descer.
Esta é a estrada do tempo
Onde ninguém rir do outro
Porque os que estão subindo
Certamente irão descer.
Não fique triste, leitor!
Aproveite "os hojes" todos !
Antes que estes virem "ontens"!
Pra não ficar lamentando
Nos possíveis!... amanhãs:
"O que o tempo ofereceu
E, negligente, você
Perdeu por não perceber".
Autora:
Poetisa Inês Nery