Quando eu tiver forças...
Se algum dia eu tiver forças, hei de ir além.
Além de toda a angústia.
Além de toda mentira.
Além de toda falsidade.
Além de toda essa submissão...
Quem diria que aquela mulher cheia de posicionamentos e ideologias, se tornaria uma garota assustada que cala e consente? Que esperneia e perdoa? Que sofre calada? Que chora sozinha? Que tolera o que dói e sorri quando sangra?
Quando eu tiver forças, hei de ir.
Hei de me perdoar!
Até lá, tudo está onde está. Tudo dói onde dói. Tudo sinto.
Alguns dias são apenas dias ruins. Alguns dias são apenas mais complicados. Alguns dias são apenas... Dias!
E quando esses dias terminam, eu percebo que eu não quero ir.
Por isso não vou.
Eu quero ficar e por isso suporto. Que eu quero tentar, e por isso continuo. Que eu quero ser feliz, e por isso... Por isso eu sigo aceitando, mesmo que a alma sangre.