MINHA PÁGINA. SEUS FREQUENTADORES.

Não tenho nada contra ninguém, nem motivo para tanto. Busco combater pacificamente quem quer o combate destrutivo, seu substrato negativo. E semeia o ódio. Foi o que fizeram os pacifistas, e a grandeza do Cristo. Os que contrariamente assim se conduziram não tiveram paz. É possível ver mesmo no Brasil vidas vetustas sem paz por ausência de paz trazerem.

Trabalho a compreensão como riqueza maior de meu estatuto pessoal e busco ser melhor a cada dia. E compreendo tudo que me tomba sob os sentidos. E tenho compreendido a incompreensão, muito mais agora, quando não decido o direito de terceiros. Onde se decide direitos de terceiros não vigoram os nossos direitos, mas de terceiros, nos tribunais.

O laboratório da internet corrobora meu diagnóstico e sedimenta minha experiência. É sem dúvida um grande anfiteatro, até para quem viu desfilar a sua frente as maiores agruras e males humanos, de toda a sorte, inimagináveis, inadmissíveis. Semeado o ódio.

Estou aqui sempre aberto à crítica, recebo-a com serenidade e se tenho que com ela aprender agradeço; o que seria a construção do pensamento se não fosse o processo crítico onde Kant é o paradigma. Mas se aprende com o que é veículo de ensinar!

Sou formado pelo contraditório, é minha vida profissional e intelectual, gosto disso, é meu combustível e meu sangue o debate; vivi e tirei meu pão, minha sobrevivência, da controvérsia. Como consultor jurídico e magistrado. Alguém disse aqui quando passei a escrever alguma coisa, que eu estava me expondo. É o que fazemos desde que nascemos. E sei o que significa o prefixo con, conviver, mesmo sem intimidade, mesmo com aqueles que a pretendem.

Exponho sim como explicativa a internet e suas mazelas, como já frisei, e recolho mais esse elemento na equação de minha vida. Cultura da internet e suas limitações, as compreendo e aprendo, e do “internautiquês”, muito, como já outras vezes, valha o neologismo.

Trago para deixar “`a evidência” o que venho neste pequeno-grande espaço afirmando e “provando”; trabalho com lógica, denominador comum de todas as atividades e dos pretórios, e com provas, consequentemente.

A internet em poucos espaços ilustra e dá instrução; é mera distração como indicou o discípulo de Lacan. Seus frequentadores não gostam de livros, afirma Lacan, não eu, na real acepção, mas da imagem que proporciona.

Se o comentário vem de alguém que não me aprecia e se esconde no anonimato, mais me conforta. Feri alguns brios, será? Me perdoem, se assim acontecer ou entenderam. Pode ter acontecido e o óbvio não me escapa, credito-o por indução a admissível falta de entendimento e preparo em matérias específicas.

Digamos que a internet, desse passo, serve aos incultos somente em imagem como já disse, que escrevem sobre o que desconhecem no fio de certezas incertas que trazem surpresas e sob insciência que normas não exculpam. Principalmente as que tratam da honra. Tenho artigo breve sobre o tema entre os mais lidos meus.

É como a famosa repetência dos colégios que a imagem da internet, lúdica, não supre, a disfuncionalidade de apreensão de textos e suas exegeses. Ninguém é obrigado a entender o que outros escrevem, poucos podem ler Kant.

O dia que não puder escrever neste espaço para quem puder ler e entender, assimilar, pararia. Passaria a ministrar somente o que é meu encargo específico academicamente, e que obviamente, alguma coisa trago para aqui, não evidentemente essa massa de fatos de possibilidades gerais, “erga omnes”, vivida por todos e para todos conviverem, compartilharem. E claro, me traz muito prazer, em princípio, para todos entenderem. A existência é um fardo, mas só para aqueles que não lutam por se esclarecer um pouco mais, vivendo em um mundo cheio de desenganos. Tenho enorme simpatia por todos com quem aqui convivo, e mesmo para com aqueles que não comentam e leem. E mesmo para os anônimos, que são poucos.

O sinal que traz o ser humano do parto e seus traços, e do avitismo, só é indelével para os enfermos da vontade ou da razão.