Silêncio. Recolhimento. Enovelo-me neste corpo ferido e ouço apenas o ritmo lento da minh'alma fatigada. Volto-me a mim mesma e deixo a voz da minha pouca sabedoria falar-me com firmeza. Peço a Deus e a todos trégua e peço perdão para mim. Perdão pelos meus erros e enganos, pela minha mesquinhez e egoísmo, perdão pela minha altivez. Preciso aprender a amar. Amar secretamente, sem alarde, sem enviar mensagens insuficientes. Preciso do amor silencioso, entregue e cheio de mistério. Minha alma tem sede. Preciso beber do silêncio. Por enquanto, estou só e perdida e nesta solidão, vem-me a mensagem de despedida, a noite de amor, o amor irrealizável, minhas histórias de perdas, meus sonhos, minhas ilusões.