SEM PARALELO
Dá para imaginar um candidato do PT à presidência da república parado na calçada, na Barra da Tijuca, distribuindo capim para quem não vai votar nele ?
Tem como pensar em um candidato do PT chamando a população para metralhar os opositores, segurando e apontando uma muleta como se fosse um fuzil ?
Alguém já viu um candidato do PT em campanha, em cima do palanque com uma criança no colo, ensinando como se faz arminha com a mão?
Claro que não, essas atitudes são próprias da extrema direita fascista, que faz da política um braço da milícia que atua no extermínio de quem se coloca contra seus atos criminosos.
Nunca um Presidente do PT vai ter como primeiro ato de governo um decreto que legaliza o porte de arma para liberar a venda do fuzil T4, fabricado pela Taurus, e que já tem duas mil encomendas; ou extinguir conselhos sociais que prejudiquem idosos e pessoas deficientes.
Jamais um Presidente do PT seria capacho do capital, humilharia o Brasil e seu povo, se ajoelharia diante da bandeira de outro país, serviria de bucha para invasão de território vizinho, cortaria verbas para educação, entregaria a Amazônia e suas riquezas.
Claro que não, isso é próprio do neoliberalismo selvagem, que quer reduzir o país, destruir as indústrias e transformá-lo em mero exportador de matéria prima.
Dá para imaginar um grupo de pessoas alienadas acreditando que a Lava Jato foi criada para combater a corrupção e não para judicializar a política com o golpe de 2016 e com a prisão do ex-presidente Lula?
Tem como pensar em um eleitor da classe trabalhadora votando no candidato que vai lhe tirar o emprego e a aposentadoria e vai deixar seus filhos e netos longe das Universidades?
Claro que tem, a mídia sabe como fazer o pobre pensar que ele é um problema para o desenvolvimento do país, e que por isso tem de fazer sacrifícios para que a economia fique equilibrada; ainda o deixa sequelado a repetir que o PT quebrou o país.
Nunca um representante da elite vai ter como prioridade o bem-estar social da população mais vulnerável economicamente, ou respeitar a diversidade de gênero e as cotas que reparam, em parte, o que fizeram e ainda fazem com os negros.
Jamais a burguesia vai querer o retorno dos aeroportos cheios e com passageiros calçando sandálias como nas 'rodoviárias', das ruas e estacionamentos repletos de carros populares, dos shoppings frequentados pela família do porteiro.
Claro que não, a ascensão da classe mais pobre cai como uma agressão no seio da sociedade hipócrita e escravocrata, que não suporta a constatação óbvia de que é a elite do atraso.
Ricardo Mezavila