O RESULTADO DA ELEIÇÃO NÃO SERÁ MUDADO.
“Enquanto o dinheiro roubado não for devolvido, a prisão domiciliar é uma forma de permitir ao réu o desfrute dos resultados de seu crime.” Padre Fábio de Mello
Em artigo no jornal “Estado de São Paulo”, Dora Kramer, intitulado “Contribuição Inestimável”, folhas A6, de 17/08/06, considerava então que:
“é inestimável a contribuição dada pelo PT nestes últimos anos para a elevação do padrão de exigência moral aplicado aos usos e costumes da política, notadamente agora em tempos de eleições gerais”.
E elogia todas as instituições empenhadas em “salvar a moralidade”, o “jacobinismo” da salvação pública, tão espancada sob quaisquer aspectos. Ministério Público, Polícia Federal, Justiça Eleitoral por seu primeiro representante judicial, este, como nunca visto, exortando o eleitor a expurgar o candidato com o rigor como das regras da lei de consumo.
“Depois de uma vida toda dedicada à oposição e ao culto da pureza ética, o PT no governo absorveu com tamanha falta de cerimônia as práticas deformadas da atrasadíssima política brasileira, acentuou de tal maneira as mazelas da corrupção, do clientelismo, fisiologismo, loteamento de cargos, da indiferença aos rituais básicos da etiqueta do poder, do cinismo no manejo das versões e do trato particular da coisa pública, deixou tão às claras o que antes era algo obscuro, QUE CHEGAMOS A UM BECO SEM SAÍDA E O PAÍS ESTÁ DIANTE DA FELIZ CONTINGÊNCIA DE MELHORAR”, refere Dora Kramer, artigo citado, destaque nosso.
Desponta ao meu credo a Teoria do Conhecimento de Johannes Hessen que fará a depuração pelo “Consciente Coletivo”, como indicou a cronista.
Essa depuração viria e veio pelo conhecimento da realidade, QUE HOJE VIVEMOS, chegada pela inestimabilidade proporcionada pelos fatos atuais. É o que nos diz o professor da Universidade de Colônia, Johannes Hessen, em sua singular obra, “Teoria do Conhecimento”.
“O NOSSO INTELECTO TRABALHA DE PREFERÊNCIA COM PRESSUPOSTOS CONSCIENTEMENTE FALSOS, COM FICÇÕES. ESTAS APRESENTAM-SE COMO FICÇÕES PRECIOSAS, DESDE QUE SE MOSTRAM ÚTEIS E VITAIS. A VERDADE É POIS O ERRO MAIS ADEQUADO”, Fls.52, obra citada.
O erro “mais adequado” no momento, revoltando os enganados que desfilaram cores e bandeiras brasileiras, é o desespero dos vencidos, pretendendo inverter o quadro da derrota ocorrida, pela vileza descrita faz três anos pela jornalista.
A depuração se deu e se ratificará pela conscientização não deles, que continuam no abismo da crença que movimenta os despreparados, mas da COLETIVIDADE.
E Hessen deixa claro a reiteração do erro, dizendo-o “FUNDAMENTAL DO PRAGMATISMO QUE CONSISTE EM NÃO VER A LÓGICA, EM DESCONHECER O VALOR PRÓPRIO, A AUTONOMIA DO PENSAMENTO HUMANO”; fls. 53, obra citada.
Nessa ampla vereda onde as margens não estão delineadas para muitos, restará ao menos os valores de cada um, distantes da inveja dos insuficientes e da mentira dos que têm miopia grave para enxergarem a verdade. Estão os botos fiados na crença fútil que ainda existem líderes, “meneurs”, que possam mudar a história. Assistiremos a depuração preconizada pela competente jornalista. De cadeira.
Realmente nossa atrasadíssima política chegou ao clímax. E se por obra do acaso, coincidência ou não, fenomenologia das redes sociais ou não, um enorme passo a frente foi dado. E nada mudará isso.
A colaboração premiada dos italianos, andante pelos EUA, e pousando por aqui com proveito possibilitou abrir a clandestinidade afrontosa. Mas o Padre na sua exortação de consciência na epígrafe traz uma verdade. A devolução é pena acessória em conjunto com a pena principal de restrição de liberdade, na sentença final de detenção ou reclusão, cada qual com seus perfis cominadores. Mas o acautelamento tem sido feito, confisco. A “colaboração premiada” já vulgarmente rotulada de delação
premiada é necessária para denúncia do chefe ou chefes sem o que nunca se rompe o lacre da origem. Por isso na Itália construiu-se a mafiosa ÒMERTA, igual a "quem não silencia é silenciado".
As ruas mostrarão de novo dia 26 a consciência de que acabou para os vilões o espaço.