Uma manhã, em Gotham

Na manhã, a cerração se dissipava. Taubaté, Pindamonhangaba (e sua inacreditável homenagem a Moreira César), Roseira, Aparecida, repentinamente a Aparecida do Norte onde, nesta manhã, uma visão para a qual não estava preparado lentamente se fez na névoa.

Talvez seja mais racional evidenciar o sonho e transpor no limbo do incerto e fugaz pois há no subconsciente coletivo um outro mundo, um mundo certeiro em sua forma que destoa incerta, e esse mundo paralelo transcende o que se quer real; cimenta e concreta o abstrato. Jamais!

O que senti não se sustenta.

A pequenina cidade, às margens do Rio Paraíba, guarda em si o mistério e, como em Gotham, há o antinatural que paira ali. Não, não há aqui agnosticismos, há só um sentimento que medra no nada. E faz pensar!

Luizinho Trocate
Enviado por Luizinho Trocate em 14/05/2019
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