"Apesar de ser CHEGADINHO"
Ainda há preconceito racial no país, mas agora é disfarçado devido às leis, existe por debaixo dos panos. Mas ainda há, repito, preconceito contra os negros. Mas é muito diferente de antigamente (há uns 30, 40 e 50 anos atrás). Naquele tempo o racismo não era exceção, era uma espécie de cultura. As pessoas eram racistas or costume, tradição, hábito. Certa feita um médico negro foi barrado na porta de um clube em Pesqueira. Ninupem mais fala nisso, mas foi verdade. Era algo repugnante, horrível, um atentado ao Cristianismo. A própria Igreja era onivente com essa cultura monstruosa. Fechava sos olhos, ficava omissa. Naquele tempo não existia padre negro.
Acho que ja contei, não lembro, de um fato acontecido na minha família, metade dela constituída de negros, mas alguns eram brancos. A minha irmã mais velha, creiam, é loura (é que a mãe dela, a primeira esposa do meu pi, era loura, eu sou filho da segunda). Quando essa irmã noivou com um rapaz negro teve que levá-lo para a competente apreciação de Tia Linda. Parêntese: Tia Linda ra uma irmã do meu avô, uma velha solteirona mas muito querida e que opinava em toda decisão da família. Fecho parêntese. Pois bem, minha irmã levou o noivo à casa de Tia Linda e apresentou ele a ela. A velha botou o picinez no nariz e olhou detidamente pra ele e aí eu o seu veredito:
- É, minha filha, apesar do rapaz ser CHEGADINHO, notei que ele tem as feições delicadas e e educado. Se você gosta dele, case.
Eea assim, uma pessoa boa e terna como ela, sem sentir, cometia esse tipo de preconceito racial. Detalhe: muita gente concordou com o tino dela. Juro.. Eraa cultura, repito, da época. Hoje isso não existe mais, o preconceito é subliminar, mas existe. Inté.
P.S. Frase de Max Nunes: "O Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais sr explorada". Bingo.