Livros ao alto
Livros ao alto
Liberemos livros! Portem Machado, porém de Assis! Ergam martelos, Nietzsche! Coloquem na cintura os poetas e atirem versos a esmo. Aponte para o outro Drummond, Bandeira, Clarice!
Livros a mancheia, vamos pensar! Cada página lida é um projétil no retrocesso.
Estou armado, agora, portando todas as poesias e matando, de raiva, minha ignorância. Escrevo, amiúde, a leitura nas noites vitoriosas, quando velo a madrugada e debato com Capra, Freud, Derridá, e tantos outros que me visitam na calada da noite e fazem uma algazarra em meu silêncio ensurdecedor.
O meu western é repleto de desafios, onde o duelo começa e termina nas estantes repletas de vida – sinônimo de livro. Meu inimigo é atacado com Vinícius e me atinge com astrofísica – passatempo de um nefelibata.
Erga seu livro!
Mario Paternostro