A RODA DO TMPO

A roda do tempo não para, e no seu giro continuo, ela vai deixando seus rastros na memória da gente. Hoje domingo cinco de maio de dois mil e dezenove, ocorreu-me um fato inédito, que me trouxe lembrança. Ao fazer minha oração de agradecendo a Deus pelo alimento e sentarmos a mesa para nosso almoço, me dei conta que estávamos apenas minha esposa e eu, para nossa refeição. Fato esse ocorrido somente a exatos cinquenta e cinco anos atrás. Em mil novecentos e sessenta e quatro quando nos casamos, e começamos nossa rotina dando inicio a nossa longa caminhada.
A vida é como um curso de água que corre continua no leito de um rio. Ora rolando cristalina, ora inundada pelos imprevistos das tempestades que enfrentamos. Alimentados não só pelo pão, mas também pela graça de Deus, a quem professamos nossa fé, guiados por ele de uma forma segura pela estrada da vida. Aprendi com meu pai que nunca devemos reclamar daquilo que Deus nos dá como pão de cada dia. Jamais devemos deixar de agradecer no momento sagrado de nossa refeição, independente da qualidade do alimento que temos a mesa. Como dói meu coração toda vez que faço minha oração agradecendo pela alimentação. Lembrando-me de tantas mesas fartas pelo mundo afora. Enquanto muito não tem o minino necessário pra alimentar seus filhinhos, isso dói no fundo da alma.
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 05/05/2019
Reeditado em 05/05/2019
Código do texto: T6639702
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