CARTÕES DE CRÉDITO NA BERLINDA

CARTÕES DE CRÉDITO NA BERLINDA

“A receita de vida melhor será sempre melhorar-nos, através da melhora que venhamos a realizar para os outros”. (Chico Xavier).

Você já foi intimado a atender um telefonema, e do outro lado da linha uma empresa de telemarketing enchendo-te o saco, para aceitar propostas mirabolantes de cartões de crédito? Infelizmente, muita gente se deixa levar pelas conversas bonitas, decoradas, muitas vezes sensuais, tentando o convencimento para aceitar as “vantagens” infindáveis e encantadoras de cartões A ou B. Pois é! Em sua maioria, você é iludido na primeira compra que faz. Nos parcelamentos, nos preços, nos juros e nas “famosas bonificações”, que alguns deles proporcionam. Pelo que afirmam as prestadoras de serviço toda compra feita através do cartão, mesmo com parcelamento, terá preço de à vista e sem juros, mas na realidade isso não acontece com a maioria deles. Programa Pontos aí é que mora o perigo. Vamos citar como exemplo do cartão de Programa de Pontos que é um sistema que traz vantagens para você que adquirir e utilizar os Cartões de Crédito MASTERCARD ou VISA, nas variantes Internacional, Gold ou Platinum. Para aderir ao programa não precisa pagar nada, basta utilizar seu cartão. Quanto mais comprar, mais ponto ganhará!Todas as suas compras efetuadas no Brasil e no exterior com esses cartões de crédito são convertidas em pontos, que poderão ser utilizados para a aquisição de passagens aéreas por meio do Programa Smiles VARIG e do Programa Fidelidade TAM, de acordo com os seguintes critérios: 10 PONTOS CAIXA = 10 PONTOS VARIG e mais 12 PONTOS CAIXA = 10 PONTOS TAM. Seus pontos têm validade de 24 meses e expiram, mensalmente, de acordo com a data de aquisição, caso não sejam resgatados. A consulta e o resgate de pontos podem ser feitos na Central de Atendimento ao Cliente. Você também pode fazer o acompanhamento de seus pontos no Internet Banking CAIXA, nos serviços de internet do site de cartões e ainda na fatura mensal do seu cartão de crédito. Esse exemplo acontece na Caixa Econômica e nada contra a Instituição Bancária muito séria por sinal.

Na transação a caixa entra como órgão de fidelidade, visto que tem seu percentual de lucro, mas quem leva a fatia maior do bolo é Visa e Mastercard, empresas de cartões de crédito. A GM do Brasil (General Motors) quando vendia determinada marca de automóvel para o cliente, oferecia um cartão de crédito Visa ou MASTERCARD ao cliente com bonificações pelas compras feitas durante o período em que você estivesse com seu cartão com data de validade certa ou dentro do prazo estabelecido pela gestora dos cartões. Esses pontos iam se acumulando dentro de um determinado período e cada ponto correspondia a R$ 1 real em bonificações, que poderiam ser usados na compra de carros novos e peças para veículos. Acontece, porém que o Banco Itaú cessou seu contrato com a GM e passou para a empresa Chevrolet. Ambas são parcerias, e a troca de cartão veio prejudicar os clientes da GM que contavam com um grande número de pontos. Isso aconteceu no mês de maio e quando comunicaram aos clientes eles nada poderia ser feito para reavermos os pontos. No nosso caso tínhamos mais de nove mil pontos, fomos até a GM - um funcionário de nome Felipe nos atendeu com muita fidalguia. Disse ele que com aquele número de pontos a aquisição de um carro novo ficaria mais fácil, pois serviria como entrada. Falamos do problema com a Chevrolet e solicitamos que ele fizesse a consulta e para nossa surpresa os pontos da GM que passaram para Chevrolet eram apenas 1.500 pontos. Vejam só a má intenção: nem os funcionários da própria GM tomaram ciência dessa articulação danosa para o cliente. Ligamos para o Banco Itaú e a surpresa foi grande. A atendente nos afirmou que não perderíamos os pontos e a solução era entrar no site do banco e fazer a troca dos pontos por 350 itens de mercadorias. Quando abrimos a relação nos apareceu uma torradeira de pão que poderia ser resgatada por 10.000 pontos. Só que o contrato com a gestora foi para o quinto dos infernos, pois o negócio de afirmar que um ponto valeria R$ 1 real foi para o espaço e quem ficou no prejuízo foi o cliente. Quem tinha razão em suas afirmações era o craque de bola Gérson, visto que afirmava na propaganda da Gilette que gostava de levar vantagem em tudo. Certo! A realidade é que muitas pessoas e empresas aderiram a “Lei do Gérson” e realmente estão levando a devida vantagem em detrimento a do cliente. O cliente sustenta com suas compras, com seus impostos pagos o comércio formal de qualquer Estado, mas não existe o respeito devido para com sua pessoa. Ele sofre e se quiser reaver algo que perdeu, tem que procurar PROCON, Decom e Juizado de Pequenas causas. Que a GM, o Banco Itaú, a Chevrolet venham explicar tamanha sacanagem com os clientes, ressalte-se que as duas empresas são parceiras. Outro detalhe: o nosso cartão não estava vencido e tinha validade até junho de 2.008.

Senhores candidatos a cartões de créditos coloquem as barbas de molho e os que já possuem mais cuidados, pois as feras estão soltas e diante do vírus da enganação e da corrupção, o brasileiro ficou com vergonha de ser honesto. É verdade. Em qualquer empresa, a irritação dos responsáveis faz a metade do insucesso. Não sobrecarregues os teus dias com preocupações desnecessárias, a fim de que não percas a oportunidade de viver com alegria. Lembre-se que depois da tempestade vem à bonança. Covardes são aqueles que enganam os mais fracos e menos aquinhoados. O senso comum está em alta no Brasil e o bom senso arqueja quem deve merecer respeito é rejeitado e desprezado, jogado a um segundo plano, enquanto as águias assassinas aprontam seu bote com a intenção infernal de enganar sempre.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 22/09/2007
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