PRIMEIRO DE MAIO
O 1º de maio, muito mais do que um feriado, deve servir para uma reflexão. Não foi por acaso que a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) no Brasil foi anunciada no dia 1º de maio de 1943. Por muito tempo, o reajuste anual do salário mínimo também acontecia no Dia do Trabalhador. Hoje, infelizmente, no Brasil, o primeiro de maio perdeu seu sentido, uma vez que se cortam direitos dos trabalhadores, irresponsavelmente, como se derrubam árvores. E o salário mínimo, que deveria suprir as necessidades do homem, incluindo aí não só os direitos básicos da Saúde, Educação, moradia e alimentação, mas também o lazer, mal dá para sobreviver, aumentando, ano a ano, a situação de pobreza em nosso País. Está na hora dos governantes repensarem o que estão fazendo, porque a miséria é um caldeirão em ebulição que, um dia, com certeza, vai derramar e as consequências serão funestas para todos. Porque um povo espezinhado nos seus direitos fundamentais, que sofre diariamente na pele e no bolso, um dia cansa. Sinceramente, meu desejo mais profundo é que este primeiro de maio sirva para nossos representantes fazerem um mea culpa e começar, com urgência, uma mudança radical na sua forma de encarar e gerir nossa Pátria.