O Choro do Gatinho Preto
A sexta-feira, dia 22 de fevereiro de 2019, foi mais um dia de trabalho no setor Financeiro da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Mas não foi um dia qualquer. O sogro do diretor financeiro havia falecido e o clima no ar estava estranho e triste.
Cumpri meu expediente, e, por volta das 15:30 h, me organizei para ir ao velório e enterro do sogro do meu chefe. Chegando lá no velório do cemitério Dom Bosco, percebi que o velório acabara e que todos já estavam caminhando em direção ao cemitério Dom Bosco. Segui, então, para acompanhar aquele momento extremamente difícil para os amigos, conhecidos e, principalmente, para os parentes e familiares do defunto.
Naquela triste preparação para o enterro, fiquei observando os rostos tristes e pude escutar também um choro persistente e desesperado: era um pequenino gato preto. Aquele gatinho preto estava bem próximo ao mausoléu do sogro do meu chefe, e não pude ficar indiferente com a sua situação.
Quando me aproximei daquele gatinho preto, tão pequenino (deve ter 01 mês de idade!), tão indefeso, sozinho e tão choroso, não pensei duas vezes: peguei o gatinho com cuidado e observei que seu olho esquerdo estava coberto de secreção em função de uma conjuntivite. E devido a seu estado, corri com ele a uma clínica veterinária.
Conclusão: o que era pra ser um final de tarde meio triste pra mim e estranho, se transformou num final de dia muito feliz por eu ter ajudado um gatinho desesperado e doente.
Éryka Patrícia Ramos Pereira (Caruaru/PE)