DIVAGANDO...NA RUA DA ESTAÇÃO
Na Irati do derradeiro dia de abril,a tarde com ares melancólicos,rendia-se à mordida da boca da noite.
E a boca da noite em sua gula,tecia planos de chuva sob um céu pastoso.
Eu ali...Naquele momento em que turbilhões de pensamentos povoam a mente e uma espécie de solidão,sorrateira vai invadindo os recônditos da alma.
Silêncio,divagações,um espiar tão melancólico quanto os ares da tarde,a rastelar algo de que nem se sabe o quê.
Apanho a minha inseparável companheira e vou registrando um pouco daquilo que me cerca.
Um vagão de passageiros (sugere-me o trem azul,da canção do Roupa Nova)à espera da
locomotiva que o leve para um lugar qualquer.
Janelas fechadas,quietude total,
Por um momento retomo em vão os barulhentos vagões de minhas lembranças.
Aprisiono-lhe num clic.
Num outro ângulo percebo a Imagem da colina como que derramando luminosidade sobre o vagão estacionado sobre os trilhos.
Pensamento se faz locomotiva e percorro as curvas sinuosas das paralelas da linha férrea.
Abro caminho,dilacero-me em apitos e no vagão azul,pleno dos fantasmas das lembranças,acenos e risos vão aos poucos deixando recados à cada casinhola incrustada beira linha.
Por fim,o cinzento da estação de trens,parece enamorar-se das luzes e colorido no casarão em frente,onde música,risos e" prazeres" dão o tom à noites embarcadas em silêncios,uivos e lamentos de grilos.
Quem sabe,madrugada a dentro,algum boêmio escancare no peito sua solidão de lobo num verso recitado,ou numa canção à sua amada.
Quem sabe ! Tudo é possível na rua da estação nesta cidade ungida de poemas.
O ônibus para,eu embarco.
A noite é só uma criança.Amanhã será um novo dia.
Da janela vou vislumbrando perfis de coisas que tão bem conheço.
Joel Gomes Teixeira
Na Irati do derradeiro dia de abril,a tarde com ares melancólicos,rendia-se à mordida da boca da noite.
E a boca da noite em sua gula,tecia planos de chuva sob um céu pastoso.
Eu ali...Naquele momento em que turbilhões de pensamentos povoam a mente e uma espécie de solidão,sorrateira vai invadindo os recônditos da alma.
Silêncio,divagações,um espiar tão melancólico quanto os ares da tarde,a rastelar algo de que nem se sabe o quê.
Apanho a minha inseparável companheira e vou registrando um pouco daquilo que me cerca.
Um vagão de passageiros (sugere-me o trem azul,da canção do Roupa Nova)à espera da
locomotiva que o leve para um lugar qualquer.
Janelas fechadas,quietude total,
Por um momento retomo em vão os barulhentos vagões de minhas lembranças.
Aprisiono-lhe num clic.
Num outro ângulo percebo a Imagem da colina como que derramando luminosidade sobre o vagão estacionado sobre os trilhos.
Pensamento se faz locomotiva e percorro as curvas sinuosas das paralelas da linha férrea.
Abro caminho,dilacero-me em apitos e no vagão azul,pleno dos fantasmas das lembranças,acenos e risos vão aos poucos deixando recados à cada casinhola incrustada beira linha.
Por fim,o cinzento da estação de trens,parece enamorar-se das luzes e colorido no casarão em frente,onde música,risos e" prazeres" dão o tom à noites embarcadas em silêncios,uivos e lamentos de grilos.
Quem sabe,madrugada a dentro,algum boêmio escancare no peito sua solidão de lobo num verso recitado,ou numa canção à sua amada.
Quem sabe ! Tudo é possível na rua da estação nesta cidade ungida de poemas.
O ônibus para,eu embarco.
A noite é só uma criança.Amanhã será um novo dia.
Da janela vou vislumbrando perfis de coisas que tão bem conheço.
Joel Gomes Teixeira