Outlander para o futuro
Acabei de assistir uma série em que uma enfermeira inglesa da 2ª guerra mundial viaja no tempo, para o passado, e cai no meio do conflito entre ingleses e escoceses, 200 anos atrás.
Para as nossas mentes habituadas a essa máquina que se chama tempo que transforma futuro em presente e este em passado, em que não há botão de "replay", só podemos curtir e nos deliciar com a imaginação incrível do autor, a maioria de nós crê que vamos para o futuro.
Quero acreditar que nesse futuro iremos encontrar todo os nossos queridos que já partiram em um lugar que para mim pode se chamar Maratâ, Serra Negra, Juriti, Volta Redonda, Vira Mão, Canaam Recanto...
Fico imaginando cenas do passado neste futuro, um jogo de futebol com um Tio, que só acabava quando o time dele que estava perdendo empatava, as vezes com a Lua Cheia iluminando o campinho. Ou jogando xadrez com os tios e primos quando as histórias davam um tempo. As cavalgadas ao leo, com cavalos e burros, cujos nomes e imagens me acompanham para sempre, Cacique, Sereno, Bodoque, Narciso, Ruana... Será que os animais estarão com a gente neste futuro também? Gostaria muito, acho que o "céu" seria menos paraíso sem eles.
Se o autor do filme permitiu que a enfermeira encontrasse um antepassado do marido há 200 anos, permito-me imaginar a encontrar lá, no futuro, os meus entes queridos que partiram. Atualizá-los dos acontecimentos da família após suas partidas. Relembrar as conversas nas tardes pachorrentas nos domingos na casa de meus pais.
Lá não haverá de faltar os ipês brancos, amarelos, e os rosas também, os flamboaiãs vermelhos, os cor de telha, as resedas brancas e rosas, os pássaros que alegram o nosso dia e as estrelas e a Lua que abrilhantam as noites. Os rios limpos, as minas de águas borbulhantes, as cachoeiras retumbantes. Florestas virgens ou já mulheres formosas.
Se não for assim, prefiro ir ficando por aqui, podem passar na minha frente. Quero ficar por último.