Eufemismo para a Morte
Ernest Hemingway criou um eufemismo esplendoroso ao descrever a cena de um homem prestes a encontrar a morte, digno de um escritor Nobel de Literatura, no fim de seu livro “as ilhas da corrente”, Thomas Hudson o protagonista do livro, um bom pintor que sabia pintar o mar melhor do que ninguém e capitão do barco que está a caçar alemães nos mares caribenhos, sente o sangue ensopado em seu corpo, deitado no chão, enquanto recebe os cuidados dos amigos tripulantes, fora baleado, mas, bravamente resiste a hemorragia interna causada pelo tiro de alguma escopeta, vindo dos alemães.
Leiam o livro, e percebam quanta sensibilidade o escritor transborda para pintar a “passagem” de Thomas Hudson: “...lá estava o céu que sempre amara. Virou-se para a grande laguna que agora, tinha certeza, nunca mais pintaria e mudou um pouco de posição para aliviar a dor”.