O que faz da ave são suas penas
Certa tarde fui surpreendida ao chegar de uma viagem , com meu amigo trazendo consigo uma ave , logo me apresentou a uma ave e tendo dó do animal, resolveu levar a pequena ave para minha casa. Minha mãe tratou de passar um remédio caseiro que só mãe ou avó sabem fazer. Depois de tratado, o pombo foi posto em um local no qual pudesse receber água, comida e atenção. Depois de alguns dias o animal sumiu, pensávamos que havia se recuperado e voado para junto de seu bando, de fato, aquela ave voltou para seu hábitat natural, mesmo assim, ele apareceu por casa a procura de comida ou quem sabe de atenção.
O fato é que isso me faz pensar nas aves que todos os dias adentram as salas de aulas: os estudantes. Cada um com seu brilho, seu jeito e sua cor, uns mais calmos outros agitados, porém com modo próprio de ver e pensar a vida ou ainda se descobrindo. Será que estas pequenas aves voarão alto como águias ou ficarão nos quintais ciscando por migalhas, ou procurando restos deixados pela civilização?
Cabe aqui nossa preocupação, enquanto educadores, do futuro de nossas aves. Somos desejosos em ver cada uma partindo rumo a céus ainda não explorados, batendo asas sem medo da altura ou dos ventos opostos, entretanto, temos consciência de que somos responsáveis por uma parte dessas penas, cabendo aos pais preparar as outras e ao poder público o ninho. Se assim for, todas as penas crescerão dando-lhes a capacidade de irem rumo ao horizonte, caso o contrário, será que teremos remédio suficiente para asas quebradas?