Naquela tarde
Como naquela balada dos Paralamas do Sucesso, perguntei a Deus se haveria dentre todas suas magníficas obras, alguma invenção que fizesse o tempo parar naquela tarde. Já estava bronzeado depois de passear, surfar e nadar sob o sol em Itanhaém, já a pele branca de seu rosto estava vermelho claro, uma princesa loirinha que não pode pegar muito sol...
A gente namorava há três meses e ainda não havia feito sexo com penetração. Todo a felação que acontecera antes já nos unia visceralmente, mas ainda faltava lambuzar meu ferrão amoroso em sua cava loirinha, bem tratada com sabonete íntimo.
E foi “naquela” tarde de Natal ou Carnaval, certeza que era um sábado, que aconteceu o bem-aventurado escorregão pra dentro do mundo cálido, úmido e viciante de sua bocetinha. Lembro que a gente dizia (a quem enganaríamos?)entre beijos arfantes que não era pra “fazer” tanto, porque poderia gastar aquela sensação prazerosa, mas nunca resistíamos e “fazíamos” mesmo com medo de gastar...
A gente terminou faz tempo, já nem lembro quantos Carnavais ou Natais passaram-se, mas eu sempre lembro do seu olhar enquanto o amor rolava, como me amava! E quando eu deslizo meu dedo polegar e indicador sobre o botão prateado do “volume” do aparelho de som do meu carro, me recordo de seus micro peitinhos, firme com quase meio dedo de mamilo. Porque o botão do volume tem uma salienciazinha que me lembra o que contei acima, vai entender...