Pegadinhas e Armações

Grosso modo, sempre usamos duas formas (ou maneiras) nos nossos enfrentamentos verbais (às vezes também nos escritos). A primeira são aqueles argumentos batidos, surrados e, não raro, obtusos, verdadeiros clichês, slogans, palavras de ordem, reclames mixurucas tentando convencer, às vezes até no grito. A segunda são as pegadinhas, as verdes para colher maduras, tapeando. fingindo concordar para dar o bote na frente. Tudo ridículo, um esforço babaca para convencer os mais incautos. Tudo, em outras palavras, um besteirol, coisa de babaca. Debate besta.

Não, não se deve abrir mão dos pontos de vista, ideias, ideais, convicções, mas não se deve recorrer a argumentações mixurucas e radicais e muito menos a fingimento e narrativa tipo conto do paco. O debate tem que ser veemente mas democrático. Não se pode querer ganhar no grito e nem por intermédio de armações. forçada de barra. Em tudo é preciso democracia, até na cama. Juro. Nada feito usando gambiarra dá certo. Nem na política, nem na vida pública e privada e nem, of course, no amor.

As coisas têm que ser feitas com verdade e bom sendo, muita democracia e transparência e sem perder a ternura jamais. Não dá para aceitar pegadinhas e nem armações.

Como estou com a mão na massa, a mim causa espanto o quanto é burra a oposição brasileira. Simplesmente desapareceu, está em lugar incerto e não sabido. Relegada à irrelevância, caiu no conto do paco da direita. Como? Ora, o governo criou sua própria oposição. Vejam bem essa pseudo briga entre zero dois, o astrólogo Olavão e o general Mourão é uma estratégia divercionista, uma pegadinha que está dando certo, ocupa-se as manchetes, discute-se as desavenças no seio do próprio governo e, resultado, isola-se a oposição. Detalhe: já tem oposicionista discutindo esse disse-me-disse. Sei nçao, mas acho que e tudo combinado.

Nunca antes e nem tempo algum houve uma opsição tão bundona quanto a atua. Foi anulada por zero dois e um astrólogo e filósofo em compotas. Que falta faz Brizola, Arraes e Ulisses Guimarães. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 25/04/2019
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