RETRATO versus a Alpha

RETRATOS VERSUS A ALPHA

DEUS capacita (em todos os modos e tempos verbais) homens e mulheres. Logo, não é necessário consultar oráculos, videntes ou bolas de cristal, para saber do futuro. Baseado nestas premissas a próxima geração Alpha , gozará, as plenitudes dos benefícios da internet das coisas.A medicina estará em patamares elevadíssimos.Locomoverão em carros inteligentes ,automotores. As transações serão pagas exclusivamente com aparelhos digitais ou moedas virtuais . As Identificações pessoais , através de chips instalados sob a pele.No “cérebro para operar o celular através do pensamento”. Espero ,não refém de sistemas.

Nos dias que correm , as y e z fartam-se dos mais variados sites e uma infinidade de aplicativos, reinante no vasto universo oferecidos pela internet.São tantas as informações que acreditamos em fake news, O aparelho celular parece integrar o corpo do ser humano.Um exemplo típico: Já observei ,pessoas surtarem quando perdem ou o esquece no lar ou trabalho. Doce recordação das aulas de datilografia.Ficávamos, horas a fio, digitando (a ,s, d, f, g - espaço) até completar a página da folha de papel almaço.Hoje, o aparelho celular é apoiado nas palmas das mãos.Livres,os polegares em movimentos vertiginosos enviam uma mensagem.Há quem , “cata milho”...eu.

É admirável. Um simples click no celular, a informação é instantânea na tela .Conforme nossa vontade,outro click a deletamos.Mas existe o reverso da medalha, toda esta tecnologia de um modo geral, simplifica a vida, porém desempregam milhares de pessoas.Aqui fica bem a expressão popular,muito usada antigamente: pelo andar da carruagem , in(felizmente) é necessário aprendermos navegar ou morreremos afogados..

Foto, termo reduzido de fotografia, sinônimo de retrato.As “tiradas” dos celulares , a bel prazer deletáveis, fugazes, como o tempo atual . Contudo, jamais compararão aos retratos antigos. Os pretos e brancos. De papel forte.Sim, aqueles emoldurados, pregados nas paredes, estampados nos porta-retratos.Alguns já riscados, manchados, amarelados castigados pelo tempo.Tinha de todos os tamanhos ,inclusive os famosos 3x4 .

Que grata surpresa encontrar quaisquer, no fundo de uma gaveta ou entre as páginas de um livro.Na minha geração,era usual em muitas casas,na falta de álbuns, guardá-los em caixas de sapatos vazia.Entre envelopes de cartas,chumaços de algodão,santinhos,novelos de lã, barbantes, botões,carretéis, baralhos incompletos,alfinetes, grampos, lápis de cor,tocos de velas,etc...etc.Lembro -me ,lá de casa ficava praticamente esquecida sobre o guarda roupa.Forrando o fundo, havia pequenos ramos bentos da Semana Santa ,providencial para espantar eventuais tempestades. Fascinante ,sentir o cheiro desta lembrança.

Os retratos antiquíssimos , ao vê-lo, visitamos um tempo tão longínquo.Mostrando pessoas,muitas vezes de olhar sisudo, sério, trajando roupas peculiares da época.Parecem congeladas pelo tempo.Duvido, quem não força a vista, tamanha a curiosidade , tentando adivinhar o local ou a pessoa retratada .No verso, dedicatórias, com letras bem desenhadas à caneta tinteiro.E quando, na infância, somos o fotografado? Doce é a recordação. Momento exato para reflexão e parafraseando , Lulu Santos em seu Tempos Modernos “ o tempo voa (como água) escorrendo pelas mãos”.Enfim...tudo sui generis.

eoliv
Enviado por eoliv em 25/04/2019
Reeditado em 24/08/2019
Código do texto: T6632196
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