Alibabá, cadê ele?

Passados dois anos e só agora o STF recebeu, para julgamento, as denúncias dos 40 homens da conhecida quadrilha denominada de “os mensaleiros”. Apesar de jamais ter-se chegado ao grande Alibabá, embora tantos o indiquem, ao certo nada foi posto à mesa sobre seu nome.

Tudo começou com a forte denúncia do ex-deputado Roberto Jefferson. Em cascata, qual maligno dominó sujo, caíram, à época, o ministro José Dirceu e o deputado José Genoíno. A carruagem de denúncias andou e pudemos ser apresentados a tantos outros mensaleiros e afins.

Ficamos sabendo do lodo atribuído às ações do senhor Duda Mendonça que, segundo os principais jornais do país, estaria por trás de aproximadamente dez milhões de reais lavados a partir de dólares sujos enviados para uma conta nos EEUU.

O Banco Real de Brasília mais parecia uma catedral, tal a romaria de laranjas, goiabas e bananas que nela adentravam em busca dos dinheiros da rapaziada-esperta – mamavam nas tetas, cheias de dinheiro público que eram distribuídos com os participantes da quadrilha. O movimento de dinheiro destinado ao financiamento de dívidas do Partido dos Trabalhadores foi tão grande que, através do Sr. Valério, um dos principais articulistas do esquema do mensalão, essa mesma agência de Brasília pôs 10% do dinheiro de sua carteira de empréstimo, cerca de 293 milhões de reais, para engordar o tesouro da quadrilha. Foi através do Valério que o PT botou a mão nessa dinheirama.

A roubalheira teve intensidade 5, a mesma que teve em alguns momentos esse recente furacão que incomodou as Américas do Norte e Central, o Dean.

E o Alibabá, quem é? E’ sabido que o Presidente Lula afirmou 3 coisas importantes por ocasião do estouro desse escândalo: pediu perdão à sociedade, fez saber o seu sentimento de traição e disse que o Partido dos Trabalhados havia feito um caixa 2, como todos os partidos faziam normalmente. Por que ele teria dito isso? Quem pede perdão acha-se culpado?; Se disse ter sido traído, quem o fez?; O caixa dois é crime!

Taí, dez juízes do STF terão a incubência de decidir pela continuidade ou não desse processo de interesse nacional. Se der em pizza, a sociedade poderá revoltar-se contra a pizzaria e os pizzaiolos. Esperamos que a imparcialidade da corte leve esse bando a um ponto final onde todos nós possamos saber, não só o que acontecerá com os 40, mas também se não há por trás de tudo isso um alibabá! Alibabá, cadê ele?