O amor morreu e não deixou herança?
Certo dia, a vi vagando na praça, descontente e cansada, secando as poucas lágrimas que havia poupado para aquela tarde, então perguntei-lhe espantado o que causava tão grosso pranto. Num suspiro sem encanto, disse-me que amava ao sujeito, porém em vão conjugava-me tal oração. Então, como cínico escritor, talvez audacioso, ou charlatão, pedi que me confessasse o que ouvira daquele amor "naturalmente contemporâneo" e, escarrando um pigarro súbito, jurou-me a fala - "Você quer que eu me castre de livre e espontânea vontade. Ficar só com um o resto da vida sempre pareceu filme de terror para mim". Consciente do caso, levantei desnorteado e caminhei, sem rumo, sem esperança.
O amor morreu e não deixou herança?
Certo dia, a vi vagando na praça, descontente e cansada, secando as poucas lágrimas que havia poupado para aquela tarde, então perguntei-lhe espantado o que causava tão grosso pranto. Num suspiro sem encanto, disse-me que amava ao sujeito, porém em vão conjugava-me tal oração. Então, como cínico escritor, talvez audacioso, ou charlatão, pedi que me confessasse o que ouvira daquele amor "naturalmente contemporâneo" e, escarrando um pigarro súbito, jurou-me a fala - "Você quer que eu me castre de livre e espontânea vontade. Ficar só com um o resto da vida sempre pareceu filme de terror para mim". Consciente do caso, levantei desnorteado e caminhei, sem rumo, sem esperança.
O amor morreu e não deixou herança?