O PRIMEIRO DIA DAS MÃES SEM A MINHA MÃE

Está chegando o segundo domingo de maio e as propagandas começam a bombardear lembrando que as mães existem.

E quando já morreram, como é o meu caso?

Imagino que órfãos maternos não sejam o principal público-alvo da mídia nessa época do ano.

Enterrei minha mãe, Rosalina Silbiger, mais conhecida por Rosa, em 2/1/19.

A vida e a terapia têm me ajudado a lidar com essa dura perda sem sentir uma dura dor.

Minha mãe foi uma grande mulher.

Dedicada, batalhadora, bem presente nas minhas caminhadas, pelo menos em muitas delas.

Tivemos alguns entreveros, acho que nem tudo que ela me fez foi legal, mas hoje conservo sua imagem com carinho e a certeza da missão cumprida; principalmente nos seus últimos tempos desempenhei meu papel de filho da melhor forma que pude.

Tenho certeza de que ela percebeu isso.

Tive o privilégio de me despedir dela quando estava na UTI e isso ajudou bastante nesse rompimento de liga que a morte faz.

Vou passar o próximo Dia das Mães em paz, com saudade gostosa, com lembranças bonitas, tranquilo e feliz.

Acho que é exatamente assim que a minha querida mãe gostaria que eu ficasse.

Mais uma vez ela se mostra plenamente presente na minha vida, mesmo tão distante de mim.

Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 22/04/2019
Reeditado em 22/04/2019
Código do texto: T6629351
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