AFINAL, QUEM SÃO OS CULPADOS?

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Segunda-feira, 15 de Abril de 2019

A queda dos dois prédios na região conhecida como Muzema, na cidade do Rio de Janeiro, deixou muito clara a situação moral que atravessa o nosso país e mais precisamente o município, onde o crime estabeleceu-se de vez.

Sua estrutura possui um estágio muito avançado de organização que envolve muita gente. Mas a presença de agentes públicos nessas circunstâncias talvez seja o que mais espanta.

A corrupção e a impunidade municiam todas essas ações nefastas que só trazem prejuízo à sociedade. Mas o paradoxo nessa questão é ver que grande parte desta participa dessas ações. Não fosse assim e tudo seria e estaria bem diferente do que se nos apresenta.

A região onde se encontra tais construções é tida como muito valorosa em termos de localização. Mesmo que seja em terreno impróprio para construções, mas quem investiu naquela área não possuía nenhuma intenção de seguir a legalidade.

Fica muito clara a inoperância do Estado. Aquele tipo de situação não é criada de um dia para o outro. Ela segue uma rotina de ações que vão se avolumando com o passar do tempo. Mas parece que as autoridades não o percebem. Com isso as irregularidades se instalam e se acomodam.

E isso acaba por gerar essas situações absurdas que culminan com vítimas, mas que abastecem a criminalidade de forma profunda, onde ela age de forma contínua. E depois de formada, fica difícil desmonta-la, como estamos vendo com o exemplo das irregularidades na Muzema.

Sendo assim, fica pouco provável que essa situação seja totalmente resolvida, com a apuração da responsabilidade pelas arbitrariedades ali existentes, bem como com a punição de todos os responsáveis por elas.

Isso implica dizer que o crime continua vencendo no país.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 17/04/2019
Código do texto: T6625460
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