A BUSCA PELA COMPREENSÃO DAS ATITUDES HUMANAS
É muito complicado entender certas coisas na vida, ações que nos deixam perplexos, como se fora algo de um mundo desconhecido do nosso próprio, não teríamos a coragem de cometer erros injustificáveis.
A falibilidade humana, tão falada comumente, reza que somos seres em constante evolução, por isso, os equívocos no meio do caminho, os muitos tropeços.
Existem situações porém, tão inadimissíveis, que ficamos a pensar no seu porquê.
Culpa nossa?
Culpa do outro?
Escolhas?
Destino?
O que será que compõe nossas atitudes várias vezes frívolas?
Como será que a mente trabalha a favor do mais escuso lado que existe em nós?
Será a vaidade humana, a insegurança, a baixo autoestima ou curiosidades?
São muitas perguntas nos levando a refletir, contudo, quanto mais nosso cérebro funciona tentando compreender o comportamento complexo do ser, mais parece que em um grande novelo ele toma a forma, como ponto inicial da arte do Crochê. Erra o ponto, desfaz, recomeça e assim por diante.
Há de se ter magia e sapiência para viver entre nós atados e desatados.
Mistérios do início, meio e fim da existência, dos seus ciclos, das mutações emocionais, de uma outra visão, onde o turvo dá vazão ao transparente, lugar seguro, luz.
Nossa identidade é desconhecida para nós mesmos, na maioria das vezes; há de exercitar a sensibilidade, a fala conosco, o autoconhecimento, terreno tão pouco explorado, portanto, ideal para o não reconhecimento dos erros, valores amorais sendo tidos como morais.
De fato, vivemos num coma de insensibilidade, negação, egoísmo, intolerância, banalidades.
Tudo isso forma uma capa degenerativa cobrindo os nossos ossos, pele em decomposição, um odor exalando fortemente, intoxicando, afastando-nos cada vez mais da verdade, a nossa, a verbalizada, não temos de escondê-la nas grutas frias,precisamos trazê-la à tona, pois ela sempre trará dignidade a quem a pratica.
Como é complicado viver num mundo onde as pessoas não são amantes da cumplicidade. Benditas sejam todas as que lutam para coabitar num plano profundo, onde para a superfície venham apenas para respirar e contemplar uns aos outros pela bela troca de olhar.