É SÓ MAIS UMA CONJETURA
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Sábado, 13 de Abril de 2019
Aqueles que já alcançaram idades avançadas, digamos que acima de sessenta anos, têm lembrança de décadas passadas, quando corria boatos de que o mundo iria acabar no ano 2000. E um outro que afirmava o domínio da máquina (o robô) sobre o ser humano.
O ano 2000 passou e o mundo não acabou. Foram ilações sem o mínimo sentido, agora o sabemos. No entanto, a segunda ideia se realizou, aconteceu. Porque a humanidade já é dominada pela máquina. A eletrônica, acoplada à informática, tomou conta de tudo e de todos, sim.
E em vários textos no espaço que aqui oculpo, fiz citações/afirmações a respeito da pseudo inteligência dos humanos. Isto porque tal fato assim o corrobora. A humanidade perdeu o controle sobre si mesma, permitindo o domínio da tecnologia sobre si.
Um fator que muita gente nem se dá conta é o fato de que já estamos aprisionados à certas situações. Já somos controlados diuturnamente em nossas movimentações e deslocamentos, sejam em que circunstâncias estivermos.
O uso do celular, por exemplo, permite uma comunicação entre nós de forma automática e imediata mundo afora. No entanto, este mesmo aparato é capaz de denunciar a nossa localização também automaticamente, onde estivermos.
O uso do registro de ações através de vídeos, fez-nos prisioneiros de nós mesmos, porque com o espalhamento desses equipamentos em lugares quase que milimetricamente definidos, nos controla e vigia diuturnamente, de forma maciça.
Infelizmente, numa situação paradoxal a tudo isso, não estamos sabendo conviver harmoniosamente. Os desencontros já saíram do nosso controle. Vivemos numa disputa infernal, valorizando coisas supérfluas, desconsiderando as que nos são mais importantes.
E nesse ponto, podemos citar o exemplo da família, que hoje já está quase que totalmente degradada, onde o convívio entre seus membros não passa nem perto daquele com o qual convivia-se em décadas passadas. E até mesmo os matrimônios não duram quase nada.
Então, como a base de tudo era no lar em tempos idos, pode-se prejulgar que o desmonte dele seja, também, a razão do esfacelamento do convívio no mundo. E a violência urbana pode muito bem ter a sua origem nessa falha familiar.
Positiva ou negativamente podemos nos apegar em possibilidades que tais desvirtuamentos possam ser revertidos. Mas não resta dúvida que esse processo requererá uma concetração enorme de todos, quase sem excessão. Mas, infelizmente, o ser humano está buscando soluções para si e para o mundo através de pesquisas e buscas extraterrenas, no cosmos. Aí, tudo ficará mais difícil, com certeza!