E s c r e v i n h a r

Abundam os textos e publicações de experts em literatura sobre a arte de escrever, inclusive além de livros, há cursos, aulas, oficinas e conferências sobre o assunto. Dizem que ensinam como se inicia um texto, como se fundamenta, enxuga, lapida, corrige e o escambau. Só não dão fórmulas para se obter o principal: o tal lampejo. Na verdade, euzinho acho (devo estar errado não será novidade) que não se ensina ninguém a escrever, podem sugerir e ensinar alguns truques. Só. Digo isso porque escrever é um ato de criação individual, sem se recorrer à cola, fila, cópia...

Sei que não sou escritor, mas apenas um escrevinhador matuto. Mas o que escrevo não tem nada a ver com pitaques desses esxperts, o que escrevo sai tudinho da minha cachola e da munheca. Tem mais: não reescrevo nada, não confiro, não corrijo e nem pesquiso coisa nenhuma, a não ser meu velho caderno de citações e frases. Detalhe: quando pego no toco do lápis número seis (lembro do toco de lápis do nosso cromista Tom Baiano, o quadro branco o uma pinta preta no meio) já sei o que vou escrever, não tem essa de ficar adulando a folha em branco, se não tiver o que escrever não escrevo. E prio.

Mesmo sabendo que jamais serei um escritor (sei disso por sou leitor voraz)eu possuo pelo menos algo positivo: um estilo próprio e inconfundível. Escrevo como falo. Não copio e nem me aproprio de nada dos outros. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 12/04/2019
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