"Não, eu não tenho uma arma"*
Life Goes On & On & On
Trecho de um som do The Damned
Não, eu não tenho uma arma.
Nirvana, "Come As You Are" (trecho)
Há pouco eu voltava do almoço para o Serviço e pude ouvir certa versão de "Come As You Are", do Nirvana. Tocava numa academia de ginástica. Eu confesso que desejei dar uma paradinha lá, na porta dela, e fruir daquela canção que marcou uma fase de minha vida – a de maior transição até hoje. Meus 15 anos... Aquela guitarra, aquele riff polêmico (falam que Cobain era um "plagiador dos bons". Acho isso meio complicado... O riff de "Come As You Are" teria vindo de "Eighties", do Killing Joke que, por seu turno, seria advinda de "Life Goes On", do The Damned; os três riffs tem uma "pegada" braba, forte, magistral; um espetáculo).
Eu ando chateado com algumas coisas – hipócritas estúpidas com que tenho de lidar diariamente. Isso tem me feito mal. Ouvir aquela versão, sem bateria, só com o baixo e a guitarra, veio como um alento. Um alento advindo do talento de um cara que tanto sofreu na vida e tentou levar isso à sua música. Consumia drogas como quem se alimenta para viver. Foda. Kurdt Cobain era um puta compositor. Sua horrível voz e a canhotice, além de vir próximo de Seattle, faziam dele um tipo de Hendrix Branco. Podem me crucificar; tô me fodendo procês que não concordam com nada do que eu escrevo, digo, penso; é, Bicho. Tô me fodendo pra vocês. São minhas ideias e foda-se se você não gostou. FODA-SE!
Eu publiquei livros que não venderam nem agradaram a quase ninguém. Mas eu me orgulho de escrever temas sobre a Vida e sobre a Morte. Nada pode mudar isso. Nada/ninguém. E eu estou me fodendo pra quem tá se fodendo pra mim.
Não dá pra ficar com a dor, com o ódio, a raiva, presos na garganta. Uma hora a porra explode e tome fuckin' nuts em tudo quanto é canto da tua cara imunda, Vadia Safada! (É disso que lixos como você precisam!)
NOTA
* Thank You very much, KURDT COBAIN!