recorro ao subterfúgio vil das letras expostas assim, crônicas
Somos aquilo que praticamos. E eu não precisaria de uma comprovação científica para isso, até porque no que tange meu mundo onírico, eu já havia me jogado num buraco negro da atmosfera junto com o Drummond e ido viver em outro universo, mais leal e bonito, antes do Hawking apresentar, em 2018, sua teoria de universos paralelos, sem calcular a equação de Einstein e muito antes de 2019 presentear a ciência com a imagem real de um.
Já aconteceu tanta coisa em 2019 que às vezes custo a acreditar que ele tem só três meses. E talvez por isso acabamos praticando sem perceber, a pressa.
Pois bem. Hábito de falar de mim, pouco tenho e é por isso que recorro ao subterfúgio vil das letras expostas assim, crônicas. Costumo dizer que é minha maneira silenciosa de fazer algum barulho, e a funcionalidade tem sido boa. Entretanto confesso que às vezes eu queria, um pouquinho só, poder me expressar verbalmente sem parecer louca.
Eu tenho ciúme, cólica, veia política / poética / e curiosa, bom senso e juízo. E meu bem, você não faz ideia de como tudo isso junto tem feito meu abril de 2019 parecer dezembro, e como a prática da gratitude fica mais difícil que as teorias do Stephen, as fórmulas do Albert e os poemas de Carlos. Por sorte, sei que a cada aniversário de mamãe eu me fortaleço e vejo o quanto ela faz o signo de Áries parecer doce. O que é uma mentira. E, o quanto ser canceriana com a lua em sagitário faz de mim uma pessoa equilibrada. Se você não notou isso nesse texto todo, paciência. Somos aquilo que praticamos.
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#TextoDeQuinta