Palavra Empenhada

Havia um velho em Arcoverde, um cara muito respeitado que não admitia que alguém não mantivesse a palavra empenhada. Ele sempre repetia: - "A palavra de um homem é como um tiro. Quem não cumpre com a sua palavra não é gente, é coisa". O interessante é que esse velho era calmo, educado e fraterno. Mas não aceitava que alguém "faltasse com a palavra empenhada". Sem fazer alarde e sem arengar, ele simplesmente se afastava daqueles que, na sua opinião, "cagavam na bota" (era o termo que usava para falar em faltar com a palavra empenhada), inclusive s vira-casacas, sujeitos de "duas palavras" e "que não sustentavam nem o que comiam". Certa feita um vira casaca (que deixara a UDN pelo PSD) interpelou o velho, no meio da rua, perguntando porque ele oestava evitando. O velho calmamente lhe disse: - "Porque você não honra as calças que veste, é um vira-casaca".

Fico pensando ni que esse velho diria hoje vendo o festival adoidado do rompimento da palavra empenhada e o vira-casaquismo dos políticos, alguns deles trocando mais de partido do que Dadá Jacaré de time de futebol.

Certa época esse velho se candidatou a vereador, não queria mas o diretório da UDN tabto fez que ele aceitou, quase não fez campanha, achava-se que seria o mais votado. Quando abriram as urnas ele teve menos de 50 votos, foi dos menos votados. Já naquele tempo o povo preferia os vira-casacas e os sem caráter. Inté.

P.S. Esse tal Olavo de Carvalho deve ser mesmo um humorista, ele aconselhou Bolsonaro a fazer ministro seus três filhos, zero um, zero dois e zero três. Não sei como não sugeriu um cargo para Fabrício Queiroz.