Era o dia que a família não perderia por nada( por favor Dartagnan, não ria, olha a asma). Os católicos de plantão (as tiazinhas e as santinhas) já estavam do lado de fora da Matriz de Nossa Senhora de Lourdes esperando a procissão de entrada. O padre vestido de branco e todos os formandos de preto, exceção para Dorinha que tinha uma espécie jaleco vermelho sobre o tubinho preto (diga-se de passagem um preto nada básico) porque seria a leitora.
A família buscapé entrou plena, como se fosse casamento de interior, uma elegância assustadoramente estranha, não era só uma missa? Vai que Deus já mandou logo as almas gêmeas se revelarem: faculdade x estudo x medicina x igreja x padre x casamento... As primas andam surtadas, sei lá. Mas tudo bem, um jeans, uma camiseta, um blaser branco e uma mule de onça não sobra nem na padaria e nem na igreja, sem exagero, a não ser que... Quando olho pro lado, um bonitão tipo Brad Pitt queimado na Praia do Guarujá, me encarando, estava de pé bem diante dos meus olhos, petrificado. Fiquei sem jeito, fui afastando e observando até que, creio fosse a irmã, o entrega a bengala e o conduz: era cego. E lá vai a minha cara ser pano de chão da igreja. Era pecado! Deus perdoa.
Lá vem a procissão e Dorinha segura minha mão. O padre já conhecido, emenda o cumprimento dizendo que depois da missa os formandos fariam um Lual e que gostaria de me ver lá. Lual? Só se for no espaço sideral. Que merda de evento é isso? Todo mundo escuta música olhando pra lua? Mas está chovendo (fino, mais está) dezembro tem suas surpresas.
A celebração foi linda. No fim todos se abraçaram e a maioria chorou. Muita emoção depois que o padre, na homilia, resolveu falar sobre a essência da cadeira, aquilo que a tornava cadeira, uma aula de filosofia sensacional, só não entendi o porquê, mas era bonito, citou Aristóteles, Kant só não falou de Jesus. Acabaram os cumprimento e lá vamos nós ao Luar. O Alfredo não apareceu, era milagre. Mas tinha o Dênis, irmão dele. Era uma cópia tipo do mercado paralelo. E a pergunta veio de jato: vai no lual? Posso pegar uma carona. Deixei o carro no hotel. E como dizer não daria um ensaio, fomos. Chegando lá nem era tão ruim assim. A música era boa, a chuva fina também. Denis ficou a vontade e eu feliz. Quando de repente, a prima do primo estava lá aos beijos com Alfredo e o Dênis tirando fotos. A prima foi ao toalete. E a chantagem comendo seca contra Alfredo. Até que Dênis, que de pimentinha não tinha nada lançou uma moeda de troca: eu pego a amiga da prima ou... Alfredo no contra convencimento afirmava que era feia, estranha, magra (magra é ausência de qualidade?). Mas Dênis insistia: - Caiu na rede é peixe, veado! O meu eu tagarela e sem paciência soltou: - Caiu na rede é dado, retardado. Não apela, você está desatualizado (estava falando da rede de dados, computadores e retardado é figurado, lerdo). O Dênis não parecia ter gostado da brincadeira e o Alfredo ria como hiena. Já saindo em disparada rumo ao não seu onde (fuga de gigantes) me despedi, era o segundo dia. Menos um!
A família buscapé entrou plena, como se fosse casamento de interior, uma elegância assustadoramente estranha, não era só uma missa? Vai que Deus já mandou logo as almas gêmeas se revelarem: faculdade x estudo x medicina x igreja x padre x casamento... As primas andam surtadas, sei lá. Mas tudo bem, um jeans, uma camiseta, um blaser branco e uma mule de onça não sobra nem na padaria e nem na igreja, sem exagero, a não ser que... Quando olho pro lado, um bonitão tipo Brad Pitt queimado na Praia do Guarujá, me encarando, estava de pé bem diante dos meus olhos, petrificado. Fiquei sem jeito, fui afastando e observando até que, creio fosse a irmã, o entrega a bengala e o conduz: era cego. E lá vai a minha cara ser pano de chão da igreja. Era pecado! Deus perdoa.
Lá vem a procissão e Dorinha segura minha mão. O padre já conhecido, emenda o cumprimento dizendo que depois da missa os formandos fariam um Lual e que gostaria de me ver lá. Lual? Só se for no espaço sideral. Que merda de evento é isso? Todo mundo escuta música olhando pra lua? Mas está chovendo (fino, mais está) dezembro tem suas surpresas.
A celebração foi linda. No fim todos se abraçaram e a maioria chorou. Muita emoção depois que o padre, na homilia, resolveu falar sobre a essência da cadeira, aquilo que a tornava cadeira, uma aula de filosofia sensacional, só não entendi o porquê, mas era bonito, citou Aristóteles, Kant só não falou de Jesus. Acabaram os cumprimento e lá vamos nós ao Luar. O Alfredo não apareceu, era milagre. Mas tinha o Dênis, irmão dele. Era uma cópia tipo do mercado paralelo. E a pergunta veio de jato: vai no lual? Posso pegar uma carona. Deixei o carro no hotel. E como dizer não daria um ensaio, fomos. Chegando lá nem era tão ruim assim. A música era boa, a chuva fina também. Denis ficou a vontade e eu feliz. Quando de repente, a prima do primo estava lá aos beijos com Alfredo e o Dênis tirando fotos. A prima foi ao toalete. E a chantagem comendo seca contra Alfredo. Até que Dênis, que de pimentinha não tinha nada lançou uma moeda de troca: eu pego a amiga da prima ou... Alfredo no contra convencimento afirmava que era feia, estranha, magra (magra é ausência de qualidade?). Mas Dênis insistia: - Caiu na rede é peixe, veado! O meu eu tagarela e sem paciência soltou: - Caiu na rede é dado, retardado. Não apela, você está desatualizado (estava falando da rede de dados, computadores e retardado é figurado, lerdo). O Dênis não parecia ter gostado da brincadeira e o Alfredo ria como hiena. Já saindo em disparada rumo ao não seu onde (fuga de gigantes) me despedi, era o segundo dia. Menos um!