UMA NOVA FILOSOFIA DE VIDA

Cheguei a um estágio em minha vida em que não estou com muita paciência ou quase nenhuma em relação as pessoas desconhecidas, e até algumas conhecidas. Mantenho a educação, não sou grosseiro com ninguém, não suporto grosseria. Não obstante, me mantenho distante, tento não manter assunto, palavras que direcione algum tipo de intimidade.

Hoje, ajo com as pessoas que não fazia antes,passo por elas sem dirigir meu olhar a elas, olho em direção ao solo. Uma vez assistindo um filme, dois personagens dialogavam. O pai falando com o filho, -nunca baixe o seu olhar a outra pessoa. Por muito tempo seguir esse mandamento, mas diante das circunstâncias , entendo que não vale a pena seguir esse pensamento.

Outro artifício para me isolar das pessoas é colocar meu óculos escuro e o fone de ouvido. É tiro e queda. Funciona mesmo. Me sinto totalmente no meu mundo. Fico ouvindo minhas músicas prediletas , a maioria retrô. Meu corpo está ali no meio daquelas pessoas que passam entre mim. No entanto,não as sinto, são apenas seres fantasmagóricos. Essa é em geral é minha forma de "viver", me faz esquecer as indiferenças, os preconceitos, a pouca importância.

Certo,tem pessoas que convivo, família,colegas,conhecidos, e até um amigo. A exceção da família, colegas, conhecidos,são efêmeros, nuvens passageiras.

Estou separado, fiquei um bom tempo atrás de mulheres, principalmente pelos sites de namoro, um fracasso. A maioria das mulheres superficiais, sem a minimas condições de manter um diálogo compreensível ,um diálogo articulado, outras tantas preconceituosas, e algumas não bateram a chamada química.

Não obstante,o tempo (não tanto assim) me fez refletir, para que essa correria toda atrás de mulheres? Sexo? Companhia? Os dois? Mas tudo é tão sem sentido, observando com um olhar mais arguto, um nada, só isso.Agora me sinto um ser autêntico,personalizado, com brios.

Quando olho determinadas mulheres atualmente que se acham as rainhas da cocada preta, as mais gostosas das gostosas. Ao contempla-las sem aquele olhar de desejo,sem aquele olhar fantasioso inconsequente, mas tão somente como qualquer pessoa que passa por mim com seu olhar de arrogância, de pouco caso, pretensiosa , só vejo um ser humano que dispensa sua essência para nutrir uma aparência.

Diante de tudo isso me sinto um indivíduo livre, uma pessoa que não se dava valor, o respeito, a procura de uma mulher, uma companhia feminina a todo custo. Que ponto cheguei com minha falta de dignidade, que trapo humano eu era e não me dava conta. Que pulha eu fui , um ser desprezível.

Agora sim, nasceu um ser, antes tarde do que nunca. Vou dá continuidade essa filosofia de vida. Os outros? Outros que se lixe.

inclemente
Enviado por inclemente em 09/04/2019
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