FAZER COMENTÁRIOS.
Recebo contato de um recantista que fala ter vontade de comentar o que escrevo, mas fica inibido.
Compreende-se o retraimento. Há primeiro um desconhecimento, que cria barreiras, mas isso não deve inibir a expressão pessoal. As balizas da educação praticadas, qualquer seja o assunto, mesmo técnico ou especial, terão meu inteiro prazer em receber o comentário. Raramente saíram dos trilhos comentários recebidos em minha página. O pouco ocorrido obteve o devido tratamento. O site oferece meios.
Não se justifica a vontade de emitir opinião e não fazê-lo. Todos devem exercer esse meio de comunicação que faz crescer. Espero que deixe de lado a inibição.
Por quê?
“O homem superior desenvolve-se para cima; o inferior desenvolve-se para baixo”.
É a escola de Confúcio, e o faz o homem, pensando e desenvolvendo seu pensamento, com tranquilidade, sem extremos. Harmonizando suas ideias no ideal de todos que se concentram na legitimidade das liberdades civis.
E como se dá esse concerto de vontades? Responde o sábio chinês, sic:
“O homem superior tem o espírito tolerante para todos os homens e não é um partidário; o homem inferior é um partidário, porém, não tem, absolutamente, o espírito tolerante.”
Esse padrão evita os extremos, a tolerância que é mãe da compreensão, e irmã do silêncio, e caminha no fio de ouvir com serenidade e externar com brandura o que lhe chega pela veia da sensibilidade, pacificada no entendimento de que todos somos desiguais como pessoas e iguais como seres humanos. Não há como se afastar dessa matriz.
Os partidarismos, as veemências incontidas das febres de ideias, os corporativismos sem freios, os laços ditos políticos e que de politica em seus precisos fundamentos nada têm, levam ao conflito. Muitos não podem alcançar estas verdades truístas, estão ausentes de percepção capaz, o que traz também uma lamentável verdade, mas justifica-se.
Estão diante de nós os cenários do mundo na ampulheta do tempo a provarem estas verdades. Estão próximos os fatos ocorrentes no Brasil, debeladas as intempéries dos vencidos no cadinho de um atraso sem solução, gasto e roto. Mas são caminhos de cada um escolhidos ao sabor da liberdade.
Mas como resolver isso? Ensina também o grande mestre:
“O homem superior, quando há algo que não estudou, ou quando no que estudou algo existe que não pode compreender, não interrompe o trabalho.”
É preciso estudar, compreender ao menos o que lê e no que crê, a raiz do que abrigou em seu “logos”, mas que seja uma crença que traz em seu bojo a alegria de ser livre de qualquer amarra, e legitimamente se lance no mundo com o que tem a dizer com sinceridade, mas principalmente sem ferir os direitos conquistados na histórica e sofrida luta humana.
Espero que seus comentários sejam manifestados, serão acolhidos com a máxima compreensão.