NÃO ME INCOMODA

Quão longe alguém pode ir no infinito? Quiçá eu esteja numa viagem só de ida rumo à perdição. Como a sonoridade do tempo tem se mostrado fora de compasso. À noite eu penso: eis que estou aqui, sentado na cadeira, em frente à faculdade, e amanhã provavelmente será mais um dia longo, onde terei de fingir, não somente uma vez mais, que estou no meio de uma estabilidade de escolhas. Eu ouvia o som de insetos, e este me incomodava. Mas agora que refleti, não me incomoda mais tanto a aflição... Não me incomoda.