NO BOTECO DO LELÉ
Sou um amante do futebol, sentimento herdado do meu pai, Constanti-
no Rêgo, ele mesmo praticante desse chamado "esporte bretão". O Velho
Rêgo, como nós o chamávamos, batia bem no balão de couro, tanto de
perna direita como de perna esquerda, além de ser veloz nas suas arran-
cadas em direção ao gol do adversário.
Eu e meus dez irmãos, Aécio, Rubinho, Silvinho (jogou no Cruzeiro de
Minas, Vasco da Gama/RJ, no Fortaleza/CE, no Vila Nova de Goiás e no
Nacional de Uberaba/MG), José Afonso , Constantino Filho (Tininho) e Toninho, além
das meninas, Maria Inez, Marilene e Mariza sempre curtimos esse esporte
popular, ou torcendo ou praticando.
O mano Silvinho (hoje jogando nos gramados dos planos celestiais) foi
o que mais se destacou entre nós, fazendo do esporte sua profissão até
que Deus o levou. Quando atuava pelo Vasco da Gama, volta e meia vinha
a Belo Horizonte visitar seus familiares, trazia presentes e mimos para
todos e, de certa feita, presenteou-me com uma camiseta cruzmaltina.
O timaço do Vasco era composto de Pedro Paulo, Ferreira, Brito, Fon-
tana e Lourival, Danilo Menezes (uruguaio), Bouglê, Nado, Ney, Bianchi-
ni e Silvinho. Numa de suas idas e vindas a Belô/MG, ele nos trouxe a
letra de uma musiquinha que dizia:- "- Vamos lá que hoje é de graça/No
boteco do Lelé/Entra homem, entra menino/Entra velho, entra mulher/É
só dizer que é vascaíno e amigo do Lelé" !...
Pena que, novo ainda, morreu vitimado por uma cirrose hepática, dei-
xando viúva a sua Consolação e os filhos, Janaína, Jaciana e Paulinho,
além de um montão de amigos por todos os lugares onde passou. A você, mano Silvinho, o nosso pranto e as nossas saudades!...
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B.Hte., 05/04/19