V o l a r e

Pensemos, apenas pensemos: que seria do ser humano sem a sua imaginação, sem as suas divagações, sem as suas fantasias? Seria apenas um robô, um autômato, um títere, uma marionete.

Concordo que não podemos viver no reino da fantasia, mas, sejamos francos, uma pitadinha de fantasia não arrranca tampo de ninguém. Uma pergunta não pode calar: - "Que mal faz, às vezes, dar uma viajadinha no tapete mágico das ilusões e das fantasias? Não riam deste véio porque se rirem estarão rindo de si próprios. Sim, porque todo ser humano pega carona nesse tapete, certo? Tudo bem, existem as exceções, os absolutaente frios e por isso mesmo perigosos. Ou o mentiroso, sonso, santinho do pau ôco

Longe de mim estar incitando à fantasia exagerada, mas apenas a uma turnêzinha sazonal pelo reino do faz de conta. Não me venham com essa babaquice que sonhar e imaginar é coisa dos mais moços. Por que cargas d'água os mais adentrados nos anos não podem participar desses vôos da fantasia? Devem sim, mas isso nao deve virar costume. Simples assim.

Não custa lembrar que todas as obras-primas da literatura são uma espécie de viagem pelo país da imaginação, os autores viajaram no tapete da fantasia.

Sempre que tenho vontade de dar uma viajada, um vôo no tapete da fantasia ouço uma música que adoro, de Domenico Modugno, e vibro com esse verso:

"Volare oh, oh/ Cantare oh oh/ Nel blu dipinto de blu/ Felice di stare dassù/ E volavo, volavo felice piu alto del solo/ ed ancora piu sú/ mentre mundo pian piano spariva lontando dassiú/ uma musica dolce suonava soltando per me..."

Nem é preciso saber italiano, basta sentir a músicae voarno tapete da imaginação. É uma forma de liberdade. Volare... Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 05/04/2019
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