TERCEIRIZANDO A FELICIDADE (BVIW)

A gente não deveria se importar com opiniões e olhares contras. A gente devia seguir e fazer ou ser aquilo que se quer, mas não! A gente faz o que nem sempre quer pensando em ser aceito, em agradar, em não correr riscos. Ao fim dessa atitude se acumula, na maioria das vezes. a frustração de não se ter dado ouvido à voz interior. De não se ter arriscado no sonho e na vontade inquietante que a vida nos impelia. Insensatez é desistir do que se quer por medo da rejeição, por insegurança de não se conseguir conquistar os projetos tão bem elaborados. Grande erro foi quando permiti terceirizarem minha felicidade. A vida tomou rumo tão diferente do delineado. Nessa minha sujeição teve dias perdidos. Teve medo. Teve choro. Teve decepção. Teve revolta, inclusive, mas o destino é feito paralelas rumo ao futuro sem volta, tive que seguir mesmo contrariada. A vida me obrigara a crescer, foi quando decidi reagir a tudo o que havia renunciado por submissão, e por infortúnio não tive como mudar. Desse marco em diante resgatei a legitimidade dos meus quereres. Hoje sou eu que comando as minhas decisões, e corrente alguma me prende ao que não gosto ou não quero. Ser livre tem um preço, e estou disposta a pagar com esforço por isso todos os dias. O preço considero justo pelo tanto bem que faz à minha alma. Meu espírito voltou a ser feliz e livre como o do cavalo selvagem dos pampas. “Liberdade ainda que tardia” tornou-se minha insígnia.

Tema proposto BVIW: "Grande erro".

PS.: Perdoem-me as linhas que se excederam ao limite definido, mas cada palavra desta crônica foi necessária.